Crónica anual da exclusiva responsabilidade de Gregório Freitas.
O ano de 2018 revelou-se muito positivo para a Academia Madeirense das Carnes / Confraria Gastronómica da Madeira que assinalou a passagem para idade adulta com um excelente Grande Capítulo, o décimo oitavo e com o aprofundar da sua missão, reestruturando-a de forma a incluir a cultura báquica madeirense, que a bem da verdade, era já uma prática na ação da confraria que agora vê-se refletida nos seus estatutos e na sua nova denominação – C. E. M. – Confraria Enogastronómica da Madeira.
A par desta transformação, há que destacar a aprovação com louvor das contas do ano transato e o estabelecimento de novas relações além-fronteiras até a data inexistentes, como é exemplo da presença pela primeira vez em eventos de irmandades na Finlândia, na Alemanha, na Holanda e a confirmação da deslocação à Córsega no início de 2019.
Estas dinâmicas revelam o bom desempenho da actual direção e dos seus confrades: em defender, valorizar e divulgar a cultura gastronómica e agora também báquica regional com o fim de afirmar a Região Autónoma da Madeira como uma referência mundial também na enogastronomia, levando o seu nome por esse mundo além, conforme preconizado desde a fundação desta irmandade.
É com regozijo que vejo assunção do compromisso por parte do Governo Regional da Madeira e do Município de Câmara de Lobos para criação do Museu do Vinho e da Vinha na Vila do Estreito de Câmara de Lobos, um facto importante para a nossa Confraria, pois desde há muito esta reivindicava esse espaço museológico na respectiva Vila embora com um âmbito mais abrangente ou seja dedicado ao vinho e a gastronomia atlântica da Região Autónoma da Madeira.
O ano de 2018 está no seu términus e a actividade da F. P. C. G. - Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, nada trouxe de novo como era previsível, foi mais um "Ano Olga Cavaleiro”. A F. P. C. G. perdeu a oportunidade de se afirmar perante o governo da República como um importante parceiro na defesa da Herança Cultural Gastronómica Atlântica e Mediterrânica que identifica a maneira de estar e de ser do nosso povo.
O prémio que a Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas recebeu da Associação dos Empresários da Restauração e Hotelaria vale o que vale, para mim vale NADA! Para todos nós, o importante seria, se a FPCG tivesse peso ou capacidade reconhecida, que ainda não tem, para entregar a respectiva associação empresarial um prémio se estes promovessem ou sensibilizassem a defesa da herança cultural gastronómica de Portugal nos seus restaurantes ou hotéis, isso sim, seria de VALOR!
O movimento confradico internacional embora com muita dificuldade continua a manifestar a sua presença em vários países, em termos gastronómicos, a CEUCO – Conselho Europeu de Confrarias segue manietada pela ação da sua direção, em particular pela triste figurinha do seu presidente, carlos martins cosme. Em termos báquicos, a F. I. C. B. - Federação Internacional das Confrarias Báquicas esta em crescendo, realizando no próximo ano o primeiro Concurso Mundial de Provas de Vinhos dos seus membros, na Finlândia, entre 6 e 9 de Junho. Um desafio que a C. E. M. – Confraria Enogastronómica da Madeira pretende marcar presença com um ou mais dos nossos vinhos tranquilos.
Acabo este pequeno escrito da minha total responsabilidade, manifestando total apoio a direção da Confraria Enogastronómica da Madeira pelo novo passo dado com a aprovação dos novos estatutos e da sua nova denominação já defendida por mim na anterior Assembleia Geral que se realizou em 30 de Setembro de 2017.
Gregório J. Silva de Freitas.
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