31 julho 2015

Gaiado seco e atum ganham na popularidade

São vários os pratos que podem ser apreciados em Machico. O Atum, em bife ou escabeche, bem como o Gaiado seco, são algumas das iguarias típicas do concelho. 


São vários os pratos que se podem adequar aquilo que é a tipicidade gastronómica de Machico.
Segundo Ricardo Franco, presidente da Câmara Municipal de Machico, desde o gaiado seco, passando pelo atum de escabeche e pelas castanhetas, são muitas as iguarias que podem ser degustadas neste concelho e, por estes dias, na própria Semana Gastronómica já que este certame vai concentrar os vários restaurantes do concelho. 
Admitindo ser «muito difícil» enumerar quais os pratos mais populares de Machico, Ricardo Franco refere ainda que também a sopa de trigo e a joelheira de porco à moda do restaurante Xadrez são também muito famosas por estas bandas. 



Fonte: Jornal da Madeira, 31 de Julho de 2015. 

Madeirenses em festa tradicional em New Bedford


É na realidade uma tentativa dos Emigrantes Madeirenses nos Estados Unidos da América transmitir aos seus descendentes e aos Americanos parte da cultura. Não na qualidade de presidente da AMC/CGM mas como simples visitante do evento, em 1981, dou os meus parabéns aos organizadores deste evento e faço votos para que seja possível a presença da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira no próximo evento, a acontecer em 2016. 

Gregório J.S.Freitas - Confrade Fundador.



Madeirenses em festa tradicional em New Bedford
Há 101 anos que a Festa do Santíssimo Sacramento Madeirense junta dezenas de milhar. Este ano esperam-se 100 mil

A 101.ª Festa do Santíssimo Sacramento Madeirense de New Bedford, em Massachusetts, começa hoje e acontece até domingo e deve juntar 100 mil pessoas na maior celebração portuguesa nos Estados Unidos.
Durante quatro dias, os visitantes vão poder assistir a concertos de música, espetáculos de dança e experimentar pratos portugueses.
O festival acontece no Campo Madeira, o mesmo recinto que acolhe o festival há vários anos e que está completo com um grande churrasco, uma latada e uma réplica de uma casa de Santana, para recriar o ambiente madeirense.
Fazem parte do programa 32 artistas e grupos musicais, entre os quais os Candlebox, Trent Tomlinson, Kristen Merlin, D'Alma e Jorge Ferreira.
Nos restaurantes, serão servidos pratos tradicionais madeirenses como carne de espeto e atum frito.
Outros eventos vão acontecer no Museu de Herança Madeirense, o único espaço do género nos Estados Unidos e que acolhe uma grande coleção de fotografias, documentos e outros artefactos que contam a história de imigração madeirense no país.
A festa termina no domingo com uma grande parada, que reúne mais de 40 organizações.
Com as receitas da festa, os organizadores atribuem todos os anos dezenas de bolsas de estudo, no valor de mil dólares cada uma, mas este ano vão atribuir um número recorde de bolsas.
"Este ano vamos poder oferecer 41 mil dólares em bolsas de estudo. Isto é uma forma de retribuir à comunidade o apoio que nos tem dado", disse Nelson de Gouveia, o presidente desta edição da festa.
Durante as celebrações, vão estar presentes alguns jogadores dos New England Revolution, o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, Sérgio Marques, e o programa Atlântida da RTP Madeira, que será gravado no local.
A festa do Santíssimo Sacramento Madeirense aconteceu pela primeira vez em 1915, por iniciativa de um grupo de madeirenses, e desde então tornou-se a maior festa portuguesa no país, um dos maiores festivais étnicos na Nova Inglaterra e uma das maiores celebrações portuguesas fora do território nacional. 
Fonte: Diário de Notícias da Madeira c/ LUSA.

28 julho 2015

Academia Madeirense das Carnes com mês preenchido em Agosto


A Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira faz saber de que estará presente nos seguintes eventos confrádicos que se realizam no mês de Agosto.

02 de Agosto: 
- No Capítulo del Serenisimo Albariño e Fiesta del Albariño, na Galiza. 

03 de Agosto: 
- Na Viagem Medieval de Santa Maria da Feira, em Aveiro. 

22 de Agosto: 
- No Capítulo del Cofradia Viños Rias Baixas, na Galiza. 

29 de Agosto: 
- No Capítulo da Confraria da Cebola e do Presunto do Vale de Sousa, em Penafiel. 

- No Capítulo da Ordre de la Channe, na Suíça. 

30 de Agosto: 
- No Capítulo da Confraria da Cebola, na Maia. 


A direção da AMC/CGM
Estreito de Câmara de Lobos, 28 de Julho 2015 

27 julho 2015

AMC/CGM apoia iniciativa 'Debulha do Trigo' pela Quinta Pedagógica dos Prazeres

A Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira sempre se preocupou pela defesa dos hábitos e costumes Madeirenses, ligados à sua cultura gastronómica e baquíca.
A direção da AMC/CGM congratula-se e subscreve a iniciativa da Quinta Pedagógica dos Prazeres no cultivo do trigo e na reconstituição da "Debulha do Trigo", pois um povo sem memória não consegue construir o seu futuro. 


25 julho 2015

Presença confirmada em conferência no Parlamento Europeu e em Capítulo a realizar na capital belga

A Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira informa que irá estar presente no dia 14 de Novembro, em Bruxelas, na Conferência "Sentir a Madeira", que se realizará no Parlamento Europeu. Já no dia 15 de Novembro, a AMC/CGM irá participar no "XXX Capítulo da Ordre des Kuulkappers de Saint-Gilles", localidade próxima da capital belga. 

A direção da AMC/CGM
Estreito de Câmara de Lobos, 25 de Julho de 2015


Faleceu o Dr. Constantino Palma


A direção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira informa que faleceu o seu confrade fundador e vice-presidente da 1ª direção da AMC/CGM, em 2000-2001, e grande impulsionador da confraria Madeirense, Dr.º Constantino Palma. 


23 julho 2015

Dentro de "um ou dois anos" a captura do 'peixe gata' será permitida na Europa


A direção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira faz saber que o protesto contra a proibição da captura do peixe "Xara-branca" (peixe gata), que esta organização tinha agendado organizar no mês de Outubro, em Bruxelas, já não se irá realizar.

A direção da AMC/CGM tem conhecimento de que entre um ou dois anos a captura da "Xara-branca" será permitida pela Comissão Europeia. 

A Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira está orgulhosa pelo papel que desempenhou em favor da defesa de uma referência gastronómica da Madeira e agradece ao Governo Regional da Madeira, às eurodeputadas pela Madeira, à Câmara Municipal de Câmara de Lobos, à  Comunicação Social, a todas as iniciativas tomadas e a todos os que contribuíram para seja possível, num futuro bem próximo, a captura legal da "Gata" que acreditamos de que será uma realidade. 

A direção da AMC/CGM
Estreito de Câmara de Lobos, 23 de Julho de 2015 

21 julho 2015

Confraria Holandesa usa mesmo estilo de ritual nas cerimónias de entronização que a AMC/CGM


Caros confrades da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira, é com prazer que informo de que tenho informações que a Confraria Holandesa "Nederlands Genootschap Van Wijnvrienden" usa o mesmo estilo de ritual nas suas Cerimónias de Entronização de Novos Confrades que a Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira.

Consultem as respectivas fotos do seu 44.º Capítulo, a 6 de Junho de 2015. Assumo o compromisso de que a AMC/CGM irá fazer o possivel para que esteja presente no 45º Capítulo da Confraria Holandesa "Nederlands Genootschap Van Wijnvrienden". 

Gregório J.S.Freitas, 
(Confrade Fundador)





















Encontro mensal terá lugar no Restaurante Solar dos Prazeres


O encontro mensal da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira referente ao mês de Julho irá realizar-se no dia 1 de Agosto de 2015, pelas 20 horas, no Restaurante "Solar dos Prazeres", na freguesia dos Prazeres, na Calheta. 

O prato a ser servido será Bifes de Atum temperados com Vinagre de Sidra. 

Aguardamos a confirmação da vossa simpática presença para o E-mail: confrariagastronomica@gmail.com

ou para os telemóveis: 917547094 - 965014491. 

A direção da AMC/CGM


19 julho 2015

Vinho Madeira em destaque na imprensa devido a acordo histórico entre EUA e Irão

O relevante acordo de controlo nuclear, recentemente assinado entre os EUA e o Irão, foi brindado com Vinho Madeira. O Secretário de Estado John Kerry e o Secretário da Energia Ernest Moniz, escolheram o Vinho Madeira para celebrar este facto histórico, numa clara alusão à importância que este vinho teve na história da Nação Norte Americana.

Este acontecimento foi notícia no telejornal '24 Horas' do canal televisivo RTP1, neste dia 19 de Julho de 2015.

Clique aqui para ver a reportagem



17 julho 2015

Vinho Madeira sela acordo histórico entre EUA e Irão

O relevante acordo de controlo nuclear, recentemente assinado entre os EUA e o Irão, foi brindado com Vinho Madeira. O Secretário de Estado, John Kerry, e o Secretário da Energia, Ernest Moniz, escolheram o Vinho Madeira para celebrar este facto histórico, numa clara alusão à importância que este vinho teve na história da Nação Norte Americana.
O Vinho Madeira, com cinco séculos de história, marcou a sua presença nos “quatros cantos do Mundo” e no caso dos EUA, foi o vinho escolhido para celebrar a sua independência em 1776. Facto esse que foi também relembrado no passado dia 4 de julho, na Embaixada dos Estados Unidos da América em Lisboa, onde, no decorrer da cerimónia, o Embaixador dos Estados Unidos da América, Sr. Robert Sherman, efetuou um brinde com Vinho Madeira, realçando as fortes ligações históricas e culturais estabelecidas entre o Vinho Madeira e a Nação Norte Americana, replicando assim o brinde efetuado há 239 anos aquando da Declaração da Independência dos Estados Unidos.
O Vinho Madeira, que viajou pelas cortes europeias e fez parte das rotas da India e das Américas, o preferido de governantes e estadistas, amado por poetas, apreciado por exploradores e aventureiros e fonte de inspiração de artistas, marcou a sua história no Mundo e ainda hoje é relevante nos momentos históricos internacionais, bem como o será também no futuro.
Fonte: Diário de Notícias da Madeira. 

15 julho 2015

Presença no X Capítulo da Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno

A Academia Madeirense / Confraria Gastronómica da Madeira marcou presença no X Capítulo da Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno, em Marco de Canaveses, realizado no dia 11 de Julho de 2015.


13 julho 2015

Presença em eventos gastronómicos em Portugal e no estrangeiro


A direção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira informa que estará presente nos seguintes eventos gastronómicos e báquicos
        
- 25 de Julho no Capítulo da Confraria do Bodo, em Pombal.

- 1 e 2 de Agosto na 63.ª edição de 'La Fiesta del Vino Albariño' e no Capítulo del Serenisimo Vino Albariño, na Galiza - Espanha.

- 29 de Agosto no Capítulo da Ordre de la Channe, em Valais - Suíça. 

- 29 de Agosto no Capítulo da Confraria do Presunto e da Cebola do Vale de Sousa, em Penafiel. 

Premiados do Concurso de Gastronomia com Sidra nos Prazeres

Durante a 1.ª edição da Semana das Sidras da Madeira, que teve lugar nos Prazeres, decorreu um circuito gastronómico em que a sidra foi o produto rei, o qual contou com diversos restaurantes aderentes. Conheça os premiados do evento: 

PREMIADOS DO CONCURSO DE GASTRONOMIA COM SIDRA 
1º LUGAR
RESTAURANTE “SOLAR DOS PRAZERES” – COM O PRATO DE BIFE DE ATUM.

2º LUGAR
RESTAURANTE “PRAZERES RURAIS” – COM O PRATO DE NACO DE ATUM COM MILHO FRITO.

3º LUGAR
RESTAURANTE DO “HOTEL JARDIM ATLÂNTICO” – COM O PRATO DE CABRITO ESFIAPADO COM PURÉ DE MAÇÃ.


PRÉMIOS DE PRESENÇA
RESTAURANTE “O PARQUE” – PRATO DE BACALHAU GRELHADO NA BRASA COM TEMPERO DE SIDRA.

RESTAURANTE “SALOIO” – PRATO DE PEIXE PERCA COM MOLHO DE SIDRA E ALHO. 


11 julho 2015

Dados para a história da alimentação na Madeira



No mundo actual a culinária adquiriu elevado requinte. A sociedade chamada de consumo universalizou os nossos hábitos gastronómicos. Os hipermercados, os restaurantes são a expressão disso e ninguém os dispensa. O acto de comer deixou de ser uma necessidade fisiológica para se tornar um prazer. O requinte da cozinha, a arte e mestria dos cozinheiros assim o demonstram.
A mesa transformou-se num espaço importante. À mesa selam-se contratos, decidem-se os destinos de um país, ou celebra-se um evento particular. Ainda há bem pouco tempo a inauguração da Ponte Vasco da Gama fez-se com uma monumental feijoada.
A nossa culinária não está alheia a esta realidade. Ela é fruto duma herança europeia dos colonos que lançaram a semente no séc. XV e dos demais que foram atraídos pela sua magia e beleza. Os ingleses são os segundos descobridores da ilha e aqueles que mais influência nos legaram. A mesa torna-se variada, ajusta-se ao paladar dos convivas e à disponibilidade dos produtos. A posição da ilha, o seu protagonismo histórico contribuíram para a sua afirmação desde o séc. XV e definiram uma evolução peculiar da mesa.
Por outro lado não é fácil conhecer a culinária madeirense de outros tempos. Carecemos de tratados de culinária e de textos que retratem as ambiências quotidianas, e acima de tudo, caseiras, até meados do séc. XVII. Perante isto, poderá optar-se por soluções alternativas, como o recurso aos livros de despesa com os doentes do hospital da Misericórdia do Funchal ou dos conventos. Neste último caso, temos o livro de Eduarda de Sousa Gomes sobre o Convento da Encarnação do Funchal. Como a prova disso, a documentação permite estabelecer a ementa diária do convento e do nível das rações diárias de carne e peixe. Também aqui é evidente uma diferenciação social forte na mesa. Enquanto as freiras se deliciam com as carnes de vaca e galinha, o peixe nos dias de jejuns e as diversas guloseimas da doçaria, aos servos e trabalhadores da cerca do convento apenas chega o milho e o centeio. Na verdade, a diferenciação social, que marcou de forma evidente estas históricas sociedades, teve na mesa uma expressão muito evidente.
Os forasteiros, de passagem ou em busca de cura para a tísica pulmonar, isto nos séculos XVIII e XIX, são os criadores e apreciadores da nossa gastronomia. Habituados às lautas mesas, reprovam a frugalidade da mesa rural. O gáudio está no Funchal, nos salões das quintas ou do Palácio do Governador. Assim, em 1793, saiu da ilha agradado com a mesa do governador da ilha, D. Diogo Pereira Forjaz Coutinho “A sua mesa é uma das mais variadas e delicadas e em poucas partes do mundo se poderia apresentar cousa semelhante. Travessas esplêndidas sustentam animais inteiros; ali deparei com um porquinho recheado, rodeado de laranjas, uma lebre armando um salto, faisões tentando levantar voo, ornados com a sua vistosa e flamejante plumagem”. 
Esta opulência contrastava com a frugalidade da alimentação do povo, Diz-nos George Forster que “os camponeses são excepcionalmente sóbrios e frugais; a alimentação consiste em pão, cebolas, vários tubérculos e pouca carne”.
Na verdade, a mesa madeirense foi sempre muito frugal, situação que era quebrada nos momentos festivos, nomeadamente no Natal, Espírito Santo e festividades em honra dos diversos oragos das paróquias da ilha. É em torno do calendário religioso que o madeirense estabelece os vários momentos que marcam a sua gastronomia. 


Para ele, o Natal é a festa, isto é, o momento mais importante do ano da vivência festiva quotidiana. A devoção religiosa mistura-se com os folguedos e as delícias da mesa. A tradição anota mesmo um calendário para este ritual. A 8 de dezembro faz-se o bolo de mel. A 15 de Dezembro mata-se o porco de modo a que as linguiças e a came de vinho e alhos estejam prontas para o Natal. Neste dia no regresso da Missa do Galo, prova-se a carne. A mesa mantém-se farta de licores, doces e bolos para gáudio dos que estão e dos visitantes. O caldo de galinha caseira e a carne assada completavam o repasto natalício. Depois, o calendário religioso e o ano agrícola estabeleciam o resto. Na Sexta-feira Santa é tradição o inhame cozido com bacalhau, no S. Martinho o atum salpresado. Hoje, todavia este calendário gastronómico perdeu algumas das suas razões de ser. As atuais técnicas de conservação dos produtos, a atual sociedade de consumo permitem que a disponibilidade dos produtos e o seu consumo percam a sazonalidade.
A tradição estabeleceu a matriz, mas os diversos contatos e a presença de forasteiros vieram quebrar a monotonia da ementa diária e transformar o acto de comer. A ilha, terra de passagem de gentes, assistiu também à movimentação e descoberta do mundo animal e vegetal. A ilha foi, na verdade, o espaço de passagem das plantas do continente Europeu para o novo mundo e vice-versa. Da Europa chegaram à ilha os cereais, a vinha e a cana de açúcar. Os dois primeiros por exigência da cultura cristã. A América e a África revelaram-se aos europeus pela sua peculiaridade e variedade dos frutos. Os descobrimentos peninsulares foram também a descoberta disso.
Aos poucos a mesa europeia torna-se rica e variada. Cedo o ocidental assimilou aquilo que foi encontrado. A aventura marítima dos homens foi acompanhada de perto pela das plantas. Pimentos, feijão, mandioca, amendoim, chocolate, café, chá, baunilha, ananás, banana, milho e batata chegam á mesa europeia. A nossa variedade de frutos é resultado disso. A viagem de Vasco da Gama (1497-1499) veio contribuir para a generalização do consumo das especiarias, já conhecidas dos europeus, mas só agora com uma rota segura da sua divulgação. Assim ao tradicional açafrão, a mesa apura-se com as pimentas orientais.
Por muito tempo alguns produtos foram identificados com determinadas regiões, A maçã apela-nos a grande metrópole de Nova Iorque, enquanto o ananás nos recria as paradisíacas ilhas do Havai. Mas tudo terá mudado a partir do séc. XVIII. A alimentação progrediu e as ementas universalizaram-se. Os produtos perderam o selo de identidade de origem e entraram definitivamente no quotidiano. A mesa do mundo ocidental uniformiza-se. As divergências e o exotismo sucedem no confronto com outras culturas, como o mundo árabe e as regiões orientais.
É neste longo processo de transformação que se enquadra a afirmação da batata, que teve na Irlanda o principal centro difusor do tubérculo descoberto no novo mundo. Entre nós, a sua generalização aconteceu em princípios do séc. XIX, mas de imediato se transformou no produto preferido da mesa de subsistência madeirense, retirando lugar aos cereais.
Em 1842 o míldio atacou a batata irlandesa, provocando uma das maiores mortandades na população, que se repercutiu noutros espaços europeus. A Madeira foi vítima dessa situação entre 1846 e 1847. A fome vitimou milhares de madeirenses e forçou outros tantos à emigração. Note-se que esta situação conduzirá inevitavelmente a uma outra revolução alimentar com a plena afirmação do milho na dieta popular. Este, sob a forma de pão ou de farinha, transformou-se rapidamente na base da mesa madeirense na primeira metade do nosso século, apenas as guerras mundiais condicionaram o seu consumo e conduziram a novas crises de fome.
Hoje a nossa culinária é resultado dessa herança cultural dos colonos europeus, das aportações dos forasteiros e rotas marítimas. Os cereais perduram sob a forma de pão ou diferentes formas de cozinhado. O milho conhece-se hoje mais como frito do que como papas. A batata persiste na mesa. E a sobremesa é hoje a mais requintada e rica, quer em aromas e sabores. Tudo isto obra da Natureza e do Homem.

BIBLIOGRAFIA
AMORIM, Roby, Da mão à boca. Para uma his- tória da Alimentação em Portugal, Lisboa, 1987
ARNAUT, Salvador Dias, A Arte de comer em Portugal na Idade Média, Lisboa, 1986 Cousas e Lousas das cozinhas madeirenses, Funchal, 1987

GOMES, Eduarda de Sousa, O Convento da Encarnação do Funchal, Subsídios para a sua história, 1660, 1777, Funchal, 1995
PORTO DA CRUZ, Visconde do, A culinária Madeirense, in Das Artes e da História da Ma- deira, no33, 1963

RITCHIE, Larson, I. A. A Comida e civilização de como a História foi influenciada pelos gostos humanos, Lisboa, 1995
SARMENTO, Alberto A., À sobremesa, três frutos exóticos, Funchal, 1945). 


Fonte: Jornal da Madeira, 11 de Julho de 2015

10 julho 2015

Resolução sobre o Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa publicada em Diário da República


Foi publicado ontem, 9 de Julho de 2015, em Diário da República (1.ª Série - N.º 132), a Resolução da Assembleia da República N.º83/2015 que institui o Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa.

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, instituir o Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa no último domingo de Maio.

Aprovada em 26 de Junho de 2015.

A Presidente da Assembleia da República,
Maria da Assunção A. Esteves

09 julho 2015

AMC/CGM apresenta proposta a Eduardo Jesus


A direção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira faz saber que endereçou à SRETC - Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura a proposta em baixo descrita.
Informamos que foram entregues as seguintes candidaturas para o Prémio "Europaen Region of Gastronomy 2016: 

- Marseille Provence, França.
- North East Brabant, Holanda.
- Aarhus, Dinamarca.
- Riga, Lituânia.
- Lombardia, Itália.
- Malta, República de Malta.
- Sibiu, Roménia.
e as Regiões vencedoras
- Minho, Portugal.
- Barcelona, Espanha.

A direção da AMC/CGM acredita de que a RAM tem grandes possibilidades em ser por excelência em 2018 a "Europaen Region of Gastronomy" mas para isso é preciso apresentar a respectiva candidatura.

A direção da AMC/CGM, 
Estreito de Câmara de Lobos, 9 de Julho de 2015

_________________________________________________________________________________

Para 
Sr. Drº Eduardo Jesus
Secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura

A direção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira vem por este meio propor à SRETC que a Região Autónoma da Madeira apresente uma candidatura à categoria de   "Região Europeia da Gastronomia 2018".
A direção da AMC/CGM, tendo conhecimento das particularidades e características atlânticas da gastronomia Madeirense, acredita que a candidatura da RAM a "Europaen Region of Gastronomy" é uma mais valia para a promoção e defesa da gastronomia Madeirense e do destino Madeira. 

A direção da AMC/CGM, 
Estreito de Câmara de Lobos, 9 de Julho de 2015

Prova de Vinhos DOP Madeirense e IGP Terras Madeirenses

Venha descobrir os Brancos, Tinos e Rosés da Madeira! Nos próximos dias 13 e 14 de Julho entre as 15H30 e as 20H00, no Átrio do Teatro Municipal Baltazar Dias.
O IVBAM, em conjunto com 10 produtores de Vinho DOP "Madeirense e IPG "Terras Madeirenses, irá proporcionar uma experiência enriquecedora, aliando o lazer ao conhecimento, onde poderá desfrutar de agradáveis momentos de degustação.
Aproveite ainda a oportunidade de assistir a provas comentadas tanto em português, como em inglês.

Não perca esta oportunidade. Esperamos por si!


06 julho 2015

Presença confirmada em três eventos em Portugal Continental

A direção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira informa que esta associação cultural estará presente nos seguintes eventos confradicos que se realizam em Portugal continental: 

> 11 de Julho no Capítulo da Confraria da Broa de Avanca, em Aveiro (na foto).
> 11 de Julho no Capítulo da Confraria do Anho Assado com Arroz no Forno, em Marco de Canaveses. 
> 11 e 12 de Julho no Capítulo da Academia Gastronómica e Cultural da Caça, em Ponte de Lima.

A direção da AMC/CGM
Estreito de Câmara de Lobos, 06 de Julho de 2015 


02 julho 2015

Stand da AMC/CGM na 60.ª Feira Agropecuária do Porto Moniz

A direção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira faz saber de que, a convite da Secretaria Regional de Agricultura e Pescas, irá participar com um Stand promocional na 60.ª edição da Feira Agropecuária do Porto Moniz, que se realiza de 3 a 5 de Julho.

A direção da AMC/CGM
Estreito de Câmara de Lobos, 2 de Julho de 2015.


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