24 junho 2020

Os chapéus da tradição madeirense

Barrete de Orelhas – Madeira

O barrete de orelhas era sobretudo utilizado pelos camponeses.
É feito com a lã das ovelhas criadas nas serras e concebido pelas mãos das mulheres, tricotado com 5 agulhas.
Adapta-se bem à cabeça e tem no alto uma pequena borla e nos lados dois apêndices que, ou se deixam cair sobre as orelhas, ou se levantam, prendendo-se às vezes num botão.
Este barrete, a que chamam de orelhas, já era usado em 1857 e parece ser uma criação madeirense.


CARAPUÇA – Madeira
A Carapuça é um barrete de forma cónica usado na Madeira nos séculos XVIII e XIX, influenciado pelo gorro medieval e carapuços portugueses. De um barrete que cobria toda a cabeça, evoluiu para uma forma extremamente elegante, quase de adorno.

Barrow que esteve na Madeira em 1790 diz que as mulheres "traziam um capacete na cabeça", não mais, que o antecedente da carapuça. Confirma-o a indispensável iconografia: "Antiga carapuça", W. Combe, 1821; "Dress of the Country People of Madeira", N.C. Pita, 1802. Esta, a carapuça, é identificada também por Diogo de Tovar e Albuquerque em 1807: "os homens (...) vestem sempre uma carapuça de pano, unida à cabeça com duas pequenas orelhas".
Este tipo de chapéu, chamemos-lhe assim, aparece nos finais do séc. XVIII e até 1782 nenhuma informação concreta existe a seu respeito. Admite-se que antes da carapuça se usava "um barrete de lã encarnado ou azul". Segundo alguns etnógrafos é filiada no toucado grego, no gorro medieval, na proveniência semita, em motivos arabescos e orientalizantes e no uso de algumas populações portuguesas.

A carapuça aparece delineada em alguns desenhos datados de 1820. Na descrição destas aparece sempre, em pormenor, um "barrete do tipo carapuço de boca larga", no homem, e, na mulher, também "um barrete ... bastante mais largo que os que chegaram até nós ..." Para já não referir, e apenas nestas estampas, o aspecto policromo e a natureza da restante indumentária. Todavia não nos passa despercebido nos "Country Musicians", no músico que está ao centro e toca violino o uso de um "chapéu de aba redonda e larga, copa cilíndrica, não muito alta", em contraste com as carapuças dos vilões laterais.
Este barrete madeirense, que foi capacete para Barrow, aparece, segundo se julga em Rubens e é carapuça durante o século passado, evolui a meados daquele para "atavio" e Cabral do Nascimento crisma-o de uma forma extremamente elegante, assim: - é "pura janotice como a rosa no cabelo das andaluzas".
A carapuça cai em desuso desde 1870 sucedendo-lhe o lenço e a mantilha na mulher e no homem o "barrete de orelhas", o "boné de pala" trazido das Américas pelos emigrantes, e os "barretes de lã preta"e consequentes variantes em algumas freguesias da Madeira: ninho, rodado, solideu...
Na freguesia de Santana em 1895 o Cónego Vaz assistiu "ao funeral das duas últimas carapuças" e na vizinha S. Jorge que contrasta sempre em alegria com a primeira não conheceu carapuças mas os "trabalhadores" "usavam barrete de lã" e os "lavradores" "boné de fazenda escura e pala de verniz". Destes se recrutavam "os homens bons para a edilidade do concelho”.

22 junho 2020

Confraria Enogastronómica da Madeira aprova contas de 2019 e novo regulamento interno


A CEM - Confraria Enogastronómica da Madeira, realizou no passado sábado, 20 de Junho, a sua Assembleia Geral Ordinária que havia sido adiada em virtude das restrições sanitárias de contenção à pandemia COVID-19. Os trabalhos retomaram agora com dois pontos na agenda: Apreciação e votação do relatório e contas referentes ao exercício de 2019 e apresentação e votação do novo regulamento interno da confraria.

Alcides Nóbrega, actual presidente da CEM, fez um balanço positivo ao ano 2019, considerando que foi dos mais marcantes da CEM, tendo sido efectivada a reestruturação dos estatutos, implementada a nova designação e o novo distintivo da confraria, para além da manutenção da actividade regional. Destacou ainda a presença da Confraria num evento oficial da FICB – Federação Internacional das Confrarias Báquicas e nos 57 eventos enogastronómicos fora da Região.

O Conselho Fiscal, representado pelo seu presidente António Rentroia, emitiu parecer favorável após análise cuidada ao relatório e enalteceu o bom trabalho desenvolvido. Todos os presentes concordaram com os resultados apresentados e aprovaram pelo terceiro ano consecutivo as contas de forma unânime.

Em seguida foi apreciado o novo regulamento interno que vem pormenorizar os actuais estatutos que foi igualmente aprovado por unanimidade.

No fecho da Assembleia, o presidente da confraria agradeceu a colaboração dos confrades ao longo destes anos e relembrou que a direcção, em fim de mandato, está a fazer “todos os esforços no sentido de concretizar o XX Grande Capítulo”, reagendado para Setembro de 2020. O presidente afirmou que apesar de ter havido algumas desistências, ainda há confrades nacionais e estrangeiros que mantém a vontade de participar, mas aguardam por informações mais concretas de como se irá proceder a entrada na Região e em que moldes o evento poderá ocorrer em Setembro.

A mesa da assembleia informou que o processo eleitoral previsto para Maio apenas irá realizar-se depois do Grande Capítulo, conforme indicam os estatutos da CEM.

Quinta do Barbusano, Lda



Localizado na costa norte da ilha, consiste em vinhedos com certa altitude de várias castas produzindo vinhos brancos, rosés e tintos. O Verdelho é a casta mais importante, com vinhos brancos de alta qualidade, embora os tintos sejam cada vez mais exigidos. Nos últimos anos, esse produtor investiu em uma oferta turística diferenciada, construindo um lagar tradicional em suas instalações, que permite receber turistas e servir aperitivos e até algumas refeições, para acompanhar a degustação de seus vinhos. E, durante as colheitas, existe até a possibilidade de pisar a pé, o que é sempre uma curiosidade. A paisagem é magnífica, com as montanhas do litoral norte lá em cima, intercaladas por vales suaves que levam grande parte da água abundante para o mar.



Located on the Northern coast of the island, it consists of vineyards with some altitude of various grape varieties producing white, rosé and red wines. Verdelho is the most important grape variety, with high-quality white wines, although the reds have been increasingly demanded. Over the last few years, this producer has invested in a differentiated tourist offer, by building a traditional wine press in its facilities, which allows to receive tourists and serve appetisers and even some meals, to accompany the tasting of its wines. And, during the harvests, there is even the possibility of treading on foot, which is always a curiosity. The landscape is magnificent, with the mountains of the northern coast up there, interspersed with gentle valleys that take much of the abundant water to the sea.

18 junho 2020

Seiçal - Sociedade de Produtores de Vinho do Seixal


Em 1999 um grupo de pequenos proprietários começou a reconverter vinhas diversas da casta Jaquet, plantando castas mais modernas: Touriga Nacional, Merlot, Tinta Roriz, Cabernet Sauvignon, Verdelho, Arnesburger, entre outras.
Motivados por esta nova dinâmica dada ao sector vitivinícola no Norte da Ilha, decidiram abraçar um projeto mais ambicioso, constituindo uma sociedade comercial em 2002. Nasce assim a Seiçal - Sociedade de Produtores de Vinho do Norte, Lda, que adotou o nome antigo desta freguesia do Seixal, do concelho de Porto Moniz, como forma de homenagear essas origens.
Atualmente, a empresa é liderada pelo casal Jardim. Dina e Rafael Jardim, dedicam-se à vinha e ao vinho neste projeto que ajudaram a fazer nascer há já 20 anos.
A empresa tem um pequeno espaço junto à Junta de Freguesia, onde recebe muito bem e dá a provar os seus vinhos.
Atualmente produz vinhos de três marcas: Seiçal (Branco, Rosé e Tinto), Latadas (Branco e Tinto) e Palheiros (Tinto).
Latadas é uma homenagem às muitas vinhas de latada que havia por toda a ilha e que ainda hoje se podem encontrar quer na costa norte quer na costa sul. E Palheiros é também uma homenagem ao passado e às gentes do campo que construíram os palheiros, de que ainda se encontram alguns exemplares na zona alta do Seixal, o Chão da Ribeira.


In 1999, a group of small landowners began to convert different vineyards of the Jaquet variety, planting more modern varieties: Touriga Nacional, Merlot, Tinta Roriz, Cabernet Sauvignon, Verdelho, Arnesburger, among others.

Motivated by this new dynamic given to the wine sector in the North of the Island, they decided to embrace a more ambitious project, forming a commercial company in 2002. Seiçal - Sociedade de Produtores de Vinho do Norte, Lda was born, which adopted the old name of this parish from Seixal, in the municipality of Porto Moniz, as a way to honor these origins.

Currently, the company is led by the Jardim couple. Dina and Rafael Jardim, are dedicated to the vineyard and wine in this project that they helped to give birth to 20 years ago.

The company has a small space next to the Parish Council, where it receives very well and gives to taste its wines.

Currently produces wines from three brands: Seiçal (White, Rosé and Red), Latadas (White and Red) and Palheiros (Red).

Latadas is a tribute to the many trellis vineyards that existed throughout the island and that can still be found today on both the north and south coast. And Palheiros is also a tribute to the past and the people of the countryside who built the haystacks, of which some specimens can still be found in the upper part of Seixal, the Chão da Ribeira.

SEIÇAL – SOCIEDADE DE PRODUTORES DE VINHO DE SEIXAL, UNIPESSOAL, LDA.

CEM cancela presença em Fafe devido à pandemia


Embora já agendada a presença da Confraria Enogastronómica da Madeira no VII Capítulo da Confraria da Vitela Assada à Moda de Fafe, que se iria realizar a 4 de Julho, na cidade de Fafe, esta presença não se irá concretizar devido a crise provocada pela pandemia do COVID-19.

Estreito de Câmara de Lobos, 18 de Junho de 2020.

12 junho 2020

No Seixal nasceram as 'Terras do Avô'


No litoral norte da ilha, no Seixal, um homem, desde sempre ligado à agricultura, desenvolveu um projeto de produção de vinho, agregando mais de 30 lotes de vinha, alguns pequenos, outros a alguns metros do mar, outros até a colina. No entanto, ele produziu uvas de alta qualidade a partir das quais os vinhos Terras do Avô nasceram e se desenvolveram, com rótulos distintos e inconfundíveis. Os vinhos gradualmente ganharam seu lugar no mercado local e logo começaram a ser vendidos e apreciados no continente. Isso se deve ao excelente sabor e persistência da filha do produtor, que se dedicou de coração e alma à divulgação e venda de seus vinhos. Este produtor, sempre persistente e inconformista, também produz vinho espumante na ilha da Madeira, que foi bem aceito e até premiado em concursos.


On the Northern coast of the island, in Seixal, a man, since always connected to agriculture, developed a wine production project, aggregating more than 30 vineyard plots, some small, some a few meters from the sea, some up the hill. However, he has produced grapes of great quality from which the Terras do Avô [Grandfather’s land] wines were born and developed, with distinctive and unmistakable labels. The wines gradually earned their place in the local market and soon began to be sold and appreciated in the mainland. This is so thanks to the excellent taste and persistence of the producer’s daughter, who dedicated herself, heart and soul, to the disclosure and sale of their wines. This producer, always persistent and non-conformist, also produces sparkling wine in the island of Madeira, which has been well accepted and even awarded in contests.

DUARTE CALDEIRA & FILHOS – SEIXAL WINES, LDA. | TERRAS DO AVÔ




Santa Cruz: Empresa produtora de rum conquista duas medalhas de ouro em concurso em Hong Kong



Uma pequena empresa familiar de destilação de aguardente, rum, licores e gin, sediada em Gaula, Santa Cruz, concorreu e conquistou duas medalhas de ouro num concurso organizado em Hong Kong, China.

A CWSA é a maior organização no (mundo) asiático, onde concorrem produtores de todo o mundo. O seu painel com cerca de cem provadores é escolhidos entre importadores, distribuidores e retalhistas.

A empresa Florentino Izildo G. Ferreira, produtora do RUM (OREIZINHO), há uns anos a esta parte tem concorrido e sempre tem conquistado prémios, primeiro em Santarém, depois Londres e agora Hong Kong.

"Embora com impacto reduzido no mercado regional, representamos pouco mais de que um por cento da indústria transformadora de cana sacarina, o RUM (OREIZINHO) tem sido reconhecido internacionalmente,razão pela qual estamos a exportar para Londres, Paris e Luxemburgo. Está em estudo propostas de Itália e Bélgica", refere a nota enviada à imprensa.

Fonte: JM-Madeira

09 junho 2020

AICTPS organiza primeiro festival gastronómico no Porto Santo


A pensar nas festas populares, no Porto Santo, a AICTPS apresentou, há instantes, a intenção de organizar o primeiro ‘Festival Gastronómico - edição especial de São João 2020’, que se realiza de 19 a 24 de Junho.

Apesar de não se realizarem as Festas de São João, a tradição vai continuar, pelo menos, na gastronomia, associando-se aos restaurantes locais com um evento a pensar na tradicional ceia de São João, conforme adianta Miguel Velosa, presidente da associação.

A associação recém formada já começou a encetar contactos com os empresários da restauração para a preparação de um menu, com animação e decoração a rigor, e a um preço fixo.

A apresentação e candidaturas ao evento poderão ser feitas através da página de Facebook da AICTPS ou presencialmente, no dia 12 de Junho, pelas 16 horas, na sala multiusos do Centro Cultural e de Congressos do Porto Santo.

Veja o vídeo da apresentação.

06 junho 2020

CEM retoma atividade com Assembleia Geral no Chão da Ribeira


Prezados confrades,

Espero que dentro dos possíveis, se encontrem bem!
A Confraria vai retomar a atividade com a realização da Assembleia Geral seguida de almoço no dia 20 de junho, no Chão da Ribeira, na Quinta da Ribeira, onde temos realizado ultimamente o panelo durante o Capítulo.

A CEM - Confraria Enogastronómica da Madeira vem pelo presente remeter-vos a convocatória para a Assembleia Geral Ordinária da CEM, agendada para o dia 20/06/2020 (vinte de junho de dois mil e vinte) às 11h30 (onze horas e trinta minutos), na Quinta da Ribeira, situada no Caminho da Fonte do Seixal, Chão da Ribeira, Seixal, Porto Moniz, Madeira, (GPS 32°48'25.6"N 17°06'48.8"W).

Fazemos votos que marquem presença. Ficamos aguardar a vossa confirmação de participação.

Cordiais saudações,
Pela Direção,

02 junho 2020

Revista Paixão do Vinho premeia Seiçal Branco Reserva 2015


A Revista Paixão Pelo Vinho atribuiu ao Seiçal Branco Reserva 2015 a cotação de 18,2, classificando-o como um Vinho Branco de Excelência.

Carlos Jardim, da Seiçal - Sociedade de Produtores de Vinho do Seixal, afirmou: “Colocar o Seiçal Branco como um vinho de excelência entre os brancos nacionais é um sinal que nos dá confiança que a Madeira é capaz de produzir brancos de excelência”, referindo ainda que “tem significado sempre, mas um sabor especial nos momentos difíceis que atravessamos”.

01 junho 2020

Uma rota das ponchas na Madeira

rota das ponchas
“Vou à venda e já volto” – disse eu, sábado passado.
Esta expressão resiste estoicamente, na Madeira.
Aceitei o desafio proposto por um grupo de amigos, para escrever este artigo no blog – Uma rota das ponchas na Madeira.
(Por motivos de discernimento e prudência…a Rota foi dividida em 2 partes, digamos que esta é a rota 1, logo virá a rota 2.)
As vendas da Madeira são o símbolo de outros tempos, o tempo dos nossos avós em que a vida tinha outra calma; outros tempos.
Nessa altura, os produtos vendiam-se avulso, sem pré-embalagens, nem paletes. As vendas vendiam de tudo. Desde cremes, semilhas, vassouras e pás, passando pelos “gamses” (pastilhas elásticas) e até barbantes. Ao lado da venda havia sempre o indispensável bar, que vendia o vinho com laranjada e a poncha de aguardente.
Foi com alegria e prazer que revivi esse antigamente, onde as contas ficavam registadas no “rol” e eram pagas no fim do mês. Vimos mesmo um desses livros, que felizmente sobrevive desde 1915 para contar história.
Espero que as vendas sobreviventes, continuem a resistir à velocidade dos nossos tempos e que permaneçam como vivo exemplo do comércio tradicional madeirense.
Esta rota ( Rota 1) contempla 4 vendas e um snack-bar. Começa no Caniço, vai até Câmara de Lobos e acaba no Funchal. Os preços variam desde 1,5€ a 2,5 €.
Cá vai disto:
Venda do Noé
Quem aqui entra, recua ao tempo do Noé, o Sr. que em 1915 anotava em contos de réis as contas da sua venda. De porta aberta a todos os que querem entrar, é agora o Sr. Celestino quem nos recebe, com uma calma e um sorriso de quem estima o que faz.
Esta venda tem a mestria de fazer poncha de tangerina, feita na hora com fruta fresca – um convite à amena cavaqueira entre amigos, num sábado à tarde.
A venda do Noé fica na Mãe de Deus – Caniço, mesmo ao lado da capela mais antiga da Madeira, Capela da Mãe de Deus (a única, segundo o Sr. Celestino) que celebra a missa do parto a 24 de Dezembro – fica a promessa de lá voltar, antes do Natal de preferência!
Morada: Caminho da Mãe de Deus nº 43, Caniço.


FidyPoncha
Chegando ao Estreito de Câmara de Lobos encontra a venda do Sr. Fidélio Figueira, que serve ponchas, sempre, feitas na hora.
Tem também uma acolhedora sala de refeições, que convida a saborear os famosos pregos e picados. Este espaço expõe também fotografias antigas desta mercearia, que conta já com mais de um século de vida. As especialidades são a poncha de tomate Inglês e a poncha regional, recomendo ambas, espectáculo!
Morada: Caminho do estreitinho nº1, Estreito de Camara de Lobos
 




 
Venda do André
Situada na Quinta Grande, esta venda tem cerca de 70 anos de idade e está decorada com o seu mobiliário antigo. Nos armários desta venda encontra verdadeiras relíquias, desde antigas máquinas de café, a serviços de louça, a notas de escudos e a fotografias de celebridades. Foi também o primeiro local da Madeira a servir ginja em copo de chocolate, mas nós vínhamos era pra’ poncha de laranja, que é bem boa.
Morada: Estrada João Gonçalves Zarco, Quinta Grande





 A Vaquinha do calhau
Uma amiga falou-me desta poncha de pitanga: “ A única poncha que eu nunca digo não.” E nós lá fomos atestar. O Alberto é um supra-sumo no que diz respeito a ponchas. Há 15 anos que prepara ponchas e sabe muito bem o que a torna especial. A sua poncha de pitanga é irresistível. Provamos também a poncha de frutos vermelhos: mirtilos, framboesa, amora e morango, uma delícia. E quanto aos “dentinhos” (petiscos), deu-nos a provar o gaiado, as ventrechas de atum e os pickles de vegetais. Este bar tem a vantagem de estar lado a lado, com a baía de Camara de Lobos e beber uma poncha à beira-mar é “ouro sobre azul”.
Morada: Largo Poço 5/6, Câmara Lobos




Mercearia do Avô
Já de regresso ao Funchal, visitamos mais esta mercearia à moda antiga, em S. Roque. Simpatia não lhe falta, já que Luís Ramalho, recebe-nos como quem recebe um amigo em casa. É que esta mercearia tem muito que se lhe diga…
Este espaço quase museológico, tem peças antigas de decoração, tais como as cadeiras de madeira dos arraiais madeirenses, uma balança antiga de carne e peixe, uma máquina de fazer cachorros quentes (que me fez viajar até à infância) e bom gosto, fruto da devoção de um apreciador de antiguidades. Tem também uma adega com vista para a baia do Funchal e para uma horta biológica que cultiva (entre outras coisas) espinafres e pêra-meloa, já viram alguma? A partir de Junho, serve refeições por encomenda para grupos; cozido à Portuguesa, entre outros. Quanto à Poncha de limão, esta não desiludiu e faz jus ao local onde se encontra – 5 estrelas.
Morada: Caminho Velho da Quinta 52, Funchal




Resta-me concluir com duas notas:
Nº 1 “Beba com moderação. Se conduzir não beba e se beber não conduza!”
Nº 2 “Quem tem amigos, tem um tesouro.” 😉
Aqui fica o mapa com todos os bares aqui referidos.

Intercâmbio com Rad Rytiru Vina Sv. Urbana


A Confraria Enogastronómica da Madeira estabeleceu contactos com Rad Rytiru Vina Sv. Urbana e pretende ter com a confraria da cidade de Valtice, capital do Vinho Checo, relações de amizade e de intercâmbio.

Estreito de Câmara de Lobos, 1 de Junho 2020.


Com tecnologia do Blogger.

 

© 2013 Confraria Enogastronómica da Madeira. All rights resevered. Designed by Templateism

Back To Top