24 julho 2018

Defesa na recuperação de vários produtos e hábitos alimentares dos porto-santenses

22:17

(...) en las Islas Canarias era consumido por los pueblos indígenas (comúnmente conocidos como guanches),​ de etnia bereber, desde tiempos prehispánicos. Actualmente constituye el alimento más tradicional del archipiélago canario,​ siendo un elemento central de la gastronomía canaria y un referente de su identidad.
La indicación geográfica con denominación de origen protegida "Gofio canario" está reconocida por la Comisión Europeadesde el 10 de febrero de 2014.​
Aparte de su consumo en sus áreas de origen en Canarias, se ha extendido por diferentes partes del mundo a través de la emigración canaria, de manera que también se consume en Cabo VerdeCubaEstados UnidosNicaraguaPuerto RicoRepública DominicanaSáhara OccidentalUruguay y Venezuela. Cabe destacar que en este último país la harina tostada de trigo se hace llamar gofio canario o garfia, mientras que a la de maíz se le da el nombre de fororo. En Panamá, se le llama "cofio" a una confección similar de maíz tostado molido y azúcar.

A Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira desde 2009 luta para a recuperação de vários produtos e hábitos alimentares dos porto-santenses. Entre esses produtos destaca-se o Chícharo e o Gofio, este último introduzido no Porto Santo pelos escravos guanches provenientes da ilha de Tenerife, do arquipélago das Canárias.
Gregório J.S. Freitas
Estreito de Câmara de Lobos, 24 de Julho de 2018.


"(...) a influência dos guanches, na condição ou não de escravos, não se fica pelos lugares recônditos da Ilha, pois também chegou ao meio social madeirense. Há ainda outras situações que testemunham esta mútua influência cultural, nomeadamente a generalização do consumo do gofio, que assumiu um papel fundamental na dieta das populações do Porto Santo, com a designação de “gofé”, mas que também surge na Madeira, e.g. na Camacha.

Outra aportação desde as Canárias para a Madeira deverá estar nas técnicas ligadas aos meios de transporte do vinho. Assim, o uso de odres – os borrachos na nomenclatura madeirense – para transportar o vinho deverá estar relacionado com esta influência berbere, não obstante o seu uso peninsular, sendo referenciado em Lisboa para o transporte de mel e azeite. Em relação a esta influência canária, na generalização deste meio de transporte do vinho tenha-se em consideração a tradição dos guanches no tratamento dos couros, nomeadamente do gado caprino, que usavam como vestuário ou bota para transporte de líquidos (leite, vinho)."

(Alberto Vieira)

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A Academia Madeirense das Carnes - Confraria Gastronómica da Madeira é uma associação sem fins lucrativos, que promove e defende a Gastronomia Regional Madeirense e todo o seu partimónio cultura.

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