31 março 2015

Continuaremos a defender o Peixe "Gata"

A propósito da recomendação do Coordenador do MPT - Partido da Terra aos pescadores de Câmara de Lobos, a direção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira lamenta que a campanha eleitoral para a Assembleia Legislativa da Madeira tenha terminado e que as pessoas ou forças políticas que tinham conhecimento, em Bruxelas, do dossiê "Xara-Branca" ou do "Peixe-Gata" tenham feito pouco ou nada na defesa de uma referência gastronómica do Arquipélago da Madeira.


Não é necessário negar o que é inegável, pois os Comissários Europeus têm pleno conhecimento de que o "peixe-gata ou xara-branca"é uma referência gastronómica de Câmara de Lobos e da Madeira.

A direção da AMC/CGM faz saber que não está ao sabor das campanhas eleitorais e que continuará a defender o "Peixe-Gata"ou "Xara -Branca", como referência gastronómica da Madeira.

Gregório J.S. Freitas
Estreito de Câmara de Lobos 31 de Março de 2015

Pão de Casa da Madeira conquista medalha de ouro

O Pão de Casa da Madeira foi distinguido com medalha de ouro no 4º Concurso Nacional de Pães, Broas, Folares e Bolas Tradicionais Portuguesas que a QUALIFICA – Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses realizou em conjunto com o CNEMA – Centro Nacional de Exposições, no passado dia 24 de Março, em Santarém.
O produtor do Pão de Casa da Madeira foi a SOCIPAMO – Sociedade de Padarias do Monte, S.A. concorrente através da AIPCRAM – Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Confeitaria da Região Autónoma da Madeira, sendo esta a organização responsável pela implementação da IGP – Indicação Geográfica Protegida deste produto e respectiva certificação que já foi solicitada.
Fonte: Diário de Notícias da Madeira, 31 de Março de 2015

29 março 2015

AMC pede reestruturação e reivindica lugar no Conselho Regional do Turismo


A direção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira reuniu-se hoje no habitual almoço de Março, realizado no Restaurante Casa de Chá do Faial. 
Neste encontro, a Academia contou com a presença das eurodeputadas do PSD e do PS, Cláudia Monteiro de Aguiar e Liliana Rodrigues, a quem pediu a reestruturação do Conselho Regional de Turismo e reivindicou um lugar no mesmo órgão e a elevação da gastronomia Madeirense a Património Cultural Regional. 

27 março 2015

AMC/CGM torna a defender que futura Secretária Regional de Turismo seja uma "Super Secretária"

A direcção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira faz saber de que, amanhã, assina em Valpaços, Região de Trás-os-Montes e Alto Douro, um protocolo de amizade e intercâmbio com a Confraria dos Vinhos Transmontanos, um acto que faz parte dos eventos da Feira do Folar de Valpaços e do Capitulo da Confraria dos Vinhos Transmontanos.
A direcção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira torna a defender que a "futura Secretaria Regional de Turismo seja uma Super SecretÁria com várias sub-Secretarias e Direcções Regionais". 

26 março 2015

AMC/CGM vai juntar eurodeputadas do PSD e PS e ainda o presidente da Câmara de Santana

A Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira faz saber de que estará presente nos seguintes eventos em Abril: 
11 de Abril - Capítulo da Confraria dos Aromas e Sabores Raianos-Cidad Rodrigo, em Espanha.
12 de Abril - Capítulo da Confraria do Presunto com Cebola, em Penafiel.
12 de Abril - Capítulo de la Cofradia del Relleno de Navarra-Villava, em Espanha.
12 de Abril - Capítulo de la Cofradia del Queso de Cantábria-Santander, em Espanha.
12 de Abril - Capítulo da Confraria do Grogue de Santo Antão-Ilha de Santo Antão, em Cabo Verde.
18 de Abril - Capítulo da Confraria das Almas Santas e do Leitão, na Bairrada.
A Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira realiza, no sábado, no Restaurante Casa de Chá do Faial, o seu encontro mensal com os seguintes convidados: a eurodeputada pelo PSD/PPD-Madeira, a eurodeputada do PS-Madeira e o presidente da Câmara Municipal de Santana, Teófilo Cunha. 

24 março 2015

Vinho Madeira & Chocolate 2015


31 de Março a 1 de AbriL
15H00 - 20H00
Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal

Venha descobrir combinações perfeitas, entre Vinho Madeira e chocolate!

Participe também nas provas comentadas: 31 de Março e 1 de Abril às 17H30 em Inglês e às 18H30 em PortuguÊs.

Entrada: 2,50€ /pessoa.

Organização: Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira - I.P. - RAM

20 março 2015

X Feira Regional da Cana de Açúcar


X FEIRA REGIONAL DA CANA-DE-AÇÚCAR E SEUS DERIVADOS
Canhas – Serrado da Cruz

Programa

- Sábado, 21/03/2015: 

10:00 - Torneio de Futebol – Veteranos (Campo Municipal dos Canhas) 
19:00 - Abertura da X Feira Regional da Cana-de-Açúcar e Seus Derivados por Sua
Excelência o Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais
          - Entrega de Prémios aos Vencedores do Torneio de Futebol
          - Visita das Entidades Oficiais aos Stands
          - Abertura do Mercado dos Agricultores
          - Abertura da Feira Cores
20:00 - Grupo de Folclore da Ponta do Sol
20:30 - Grupo de Teatro da Casa do Povo da Ponta do Sol     
21:00 - Irmãos Jesus        
21:30 - Broken Dawn        
22:30 - Banda Fixe               
23h00 - 4 Litro                           
00:00 - Banda Fixe               

01:00 - Encerramento. 

- Domingo, 22/03/2015: 

10:00 - Reabertura da X Feira Regional da Cana-de-Açúcar e Seus Derivados
           - Atividade “Apanha da Cana”, com a colaboração da Estalagem da Ponta do Sol.
           - Mercado dos Agricultores  
           - Feira Cores 
11:00 - Programa Radiofónico “Músicas do Arco-da-Velha”
13:00 - Programa Radiofónico “Abraço da Madeira”
15:30 - Grupo de Acordeonistas da Casa do Povo da Ponta do Sol
16:00 - Demonstração de acepipes com mel de cana pelo Chefe David Silva (Four Views Hotels)
16:30 - Concurso “Doces com Mel de Cana”
17:00 - Despique da Cana – Centro Cultural e Desportivo dos Canhas
17:30 - Sandra Barreto, Lisandra Fernandes e Cláudia Castanho
18:00 - Entrega de Prémios aos melhores produtores de Cana-de-açúcar da R.A.M
          - Entrega dos Prémios do Concurso “Doces com Mel de Cana”
19:00 - João Quintino
20:00 - Trio Onda Mar                      
21:30 - Encerramento do Certame
Transmissão em direto do evento no Canal NAMINHATERRA.COM

Organização:
Câmara Municipal da Ponta do Sol
Casa do Povo da Ponta do Sol

Colaboração:  
Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais
Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira (PRODERAM/ADRAMA)
Juntas de Freguesia do Concelho da Ponta do Sol
Fábrica Mel-de-Cana Ribeiro Seco
Sociedade de Engenhos da Calheta
Estalagem da Ponta do Sol 
Four Views Hotels

19 março 2015

Mel-de-cana biológico Ribeiro Sêco tem nova imagem


A Fábrica Mel-de-Cana Ribeiro Sêco lança nova imagem para embalagem mel-de-cana biológico 450g feito pela Open Media.
"Esta nova imagem feita de forma a tornar a embalagem mais atractiva para o consumidor habitual deste produto e captar outros mais", refere a empresa.
"Durante o correr deste ano iremos lançar uma nova capacidade na embalagem de 250 gramas", adianta.

15 março 2015

Academia das Carnes aprovou relatório e contas


A Direcção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira faz saber que o seu Relatório de Contas foi aprovado pelos confrades presentes na Assembleia Geral realizada na sua sede, no dia 14, com início às 20 horas.

Iniciou-se o processo para a escolha dos novos Órgãos Sociais da Confraria para o triénio 2015-2018. 


A direção da AMC/CGM

Estreito de Câmara de Lobos, 15 de Março de 2015

14 março 2015

Bolo de Mel valeu ‘ouro’ em concurso nacional


4.º concurso de doçaria conventual distinguiu bolo de mel da Madeira


O Bolo de Mel da Madeira foi distinguido com uma medalha de ouro no 4º Concurso Nacional de Doçaria Conventual Portuguesa, promovido pelo Centro Nacional de Exposições, em parceria com a Qualifica - Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses, que decorreu no passado dia 5 de Março, em Santarém.
O bolo de mel galardoado foi fabricado pela marca ‘3 Corações’, uma produção de cariz familiar, cuja missão é dar continuidade e redescobrir antigas receitas da confeitaria regional das ilhas da Madeira e Porto Santo.
Apareceu recentemente no mercado regional comercializando bolos de mel de cana e biscoitos tradicionais da Madeira com base em antigas receitas de família, contando já com uma vasta gama de produtos da doçaria tradicional madeirense.
A sua receita de bolo de mel de cana da ilha da Madeira tem de respeitar o uso dos ingredientes originais, com especial relevo para o uso de manteiga e o uso de mel de cana produzido de forma tradicional. O equilíbrio das proporções usadas de especiarias constitui um dos seus mais preciosos segredos, sendo essa uma das mais-valias do produto.
Também a utilização exclusiva da cidra produzida na ilha da Madeira como fruta cristalizada torna-o único e de “fim de boca” que o distingue de qualquer outro bolo. É imagem de marca o bolo ser decorado com 3 elementos de cada fruto: 3 amêndoas, 3 bocados de noz e 3 talhadas de cidra, com metade de uma noz ao centro.
Para efeitos deste concurso nacional, entende-se por “doce conventual” o produto de pastelaria, confeitaria ou de transformação de produtos hortofrutícolas, produzido em Portugal, cujos ingredientes, receitas, origem em conventos e ou geográfica, e forma de apresentação estejam registadas em fontes históricas ou com elas relacionadas - fundamentadas em fontes históricas – e que, pelas suas características próprias, revelem interesse histórico-cultural, etnográfico, social ou técnico, evidenciando valores de memória, antiguidade, autenticidade, singularidade ou exemplaridade.

Fonte: Diário de Notícias da Madeira, 14 de Março 2015

12 março 2015

"Não queremos que a Gastronomia Madeirense se transforme num deserto cultural"

Agradecimento à Sr.ª Ana Luísa Correia (jornalista do DN-Madeira)

O nosso muito obrigado pela entrevista feita ao chef "3 estrelas", Thomas Buhner. Esta vossa entrevista dá-nos razão em relação ao trabalho da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira, desde a sua fundação em 2000, em defesa da herança cultural gastronómica e báquica da Região Autónoma da Madeira. Desde o início da existência da nossa Confraria tentamos alertar de que a típica gastronomia da RAM corre o real perigo de desaparecer, como quase acontecia em França ou como aconteceu na Alemanha. 

Igualmente agradecemos ao Sr. Thomas Buhner por confirmar a realidade da ex-gastronomia típica da Alemanha e por ter confessado de que ele e os seus colegas de 3 estrelas contribuíram para a destruição da herança cultural e gastronomia da Alemanha. 

O chef Thomas Buhner demonstra um grande prazer quando diz "o que é mais fascinante na cozinha alemã é que já não existe a cozinha típica alemã". A AMC/CGM pergunta o que existe de fascinante na destruição de uma herança cultural? E ainda diz "é certo que continuam a existir as especialidades regionais mas ao olhar para os chefs de 3 estrelas do nosso país, cada um oferece um diferente tipo de culinária". 

A AMC/CGM defende que um povo, país ou Região tem uma herança cultural gastronómica se for capaz de manter uma forte ligação dos seus produtos às receitas típicas ou tradicionais, pois produtos sem memória são produtos estéries no aspecto cultural e gastronómico. 

A Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira lamenta a destruição confessada da herança cultural gastonómica da Alemanha e continuará a lutar para que a actual situação gastronómica na Alemanha nunca seja uma realidade na Madeira.

P.S.: A AMC/CGM não é contra a evolução gastronómica desde que esta mesma evolução respeite os elementos culturais a ela associada.


Gregório Freitas

Estreito de Câmara de Lobos, 12 de Março de 2015

08 março 2015

AMC/CGM defende registo das referências gastronómicas de Santana


A direção da Academia Madeirense das Carnes / Confraria Gastronómica da Madeira recomenda à Câmara Municipal de Santana o registo no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) de algumas das referências gastronómicas do Município de Santana, tais como: o cabrito, truta, anona, beberas e figos, pão de Santana, carne da noite e carne na panela, milho escaldado, milho do forno.

Defende a direção da AMC/CGM que o Município de Santana deveria registar a sua gastronomia como "Gastronómia de Montanha", sendo uma marca identificativa gastronómica de todo o Município de Santana. 

Anona fruto do nosso exotismo

A anona é um dos frutos mais característicos da Região. E, hoje, a produção já supera as 1.300 toneladas, com o Faial, que recebe este fim-de-semana a XVII Exposição Regional da Anona, a ser uma das freguesias com maior área de pomares de anoneira.




De casca verde, fina e rugosa, com um aspecto irregular, de polpa branca, doce e bastante perfumada, a anona é um dos frutos que já nos habituamos a chamar de nosso, talvez por desde sempre vermos as anoneiras crescerem sem grande dificuldade em quase todas as casas tipicamente madeirenses, no pequeno jardim ou na fazenda que a circundam.
Originária da terras altas da América Central, mais precisamente da quente e húmida região dos Andes, com o Perú e o Equador a servirem de berço, a anona chegou à Região logo depois dos Descobrimentos, por volta de 1600, através de umas sementes trazidas daquelas paragens por um madeirense que estava longe de imaginar que a anoneira, uma árvore que rapidamente pode atingir os 8 metros de altura, iria encontrar condições edafo-climáticas muito idênticas às da sua 'terra-natal'. 
A verdade é que a adaptação foi tal que desde logo se tornou numa das frutícolas mais comuns entre nós, ocupando, hoje, um lugar de destaque na economia rural madeirense. Apresentando-se como uma fruta exótica, a anona é apreciada por madeirenses e turistas praticamente ao longo de todo o ano, embora conheça uma época de maior abundância nos meses de Primavera. O seu cheiro característico depressa denuncia a fase de amadurecimento, que consoante a variedade, poderá estender-se de Outubro/Novembro a Maio/Junho, apresentando-se, em pouco tempo, pronta para consumo, tanto ao natural, como num dos seus muitos derivados, nomeadamente bolo, pudim ou, até mesmo, em licor. 
Certamente pelas condições do solo e de temperatura, em terrenos que se situam a uma cota até aos 600 metros de altitude na costa Sul e os 250 metros na costa Norte, é nos concelhos de Santana, Machico, Santa Cruz e Funchal que podemos encontrar a maior parte dos pomares de anoneira que serão responsáveis pelas cerca de 1350 toneladas de anona que se prevê serem colhidas este ano, num aumento que ronda os 25% em relação ao ano anterior. 
Apresentando-se como uma cultura dinâmica, mas pouco exigente, limitando-se o agricultor a algumas regas e enriquecimento do solo nos períodos de floração e controlo das pragas, a anoneira viu crescer cerca de 4,4% a área de cultivo na Região, ao longo dos últimos 10 anos, passando dos 91 hectares em 2005, para os 95 hectares no ano passado. É no concelho de Santana, e sobretudo na freguesia do Faial, que se encontra a maior fatia, com cerca de 28% da área total. Tratam-se de parcelas pequenas, como de resto é bastante frequente em todas as produções regionais, representando cerca de 1289 produtores.
No que respeita à produção propriamente dita, podemos salientar o aumento de 78% que se verificou de 2005 para 2014, tendo passado de 613 para 1.092 toneladas. No mesmo período o valor da produção passou de cerca de 720.000 euros para 1.124.760 euros, significando um aumento de 56%, de resto, o mais elevado dos últimos anos. 
De forma a incentivar à formação de novos pomares e à renovação dos existentes, a Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural tem prestado apoio técnico diverso aos agricultores madeirenses, com vista à melhoria geral da produção, nomeadamente no acompanhamento das plantações, bem como das enxertias, tendo sido distribuídas, nos últimos 5 anos, cerca de 13.500 novas plantas e efectuadas podas em mais de 67.000 anoneiras e cerca de 2.700 enxertias.
Anona biológica 
Tal como se tem verificado em muitas outras culturas, também na anona já se verifica a aposta na produção biológica, ocupando, actualmente, uma área de produção que ronda 1,65 hectares, representando uma produção média anual na casa das 6 a 7 toneladas por hectare. É em Machico que se encontram grande parte destes pomares, que, de resto, garantem um rendimento superior ao agricultor. De resto, a cotação da produção em modo biológico, quando comparada com a produção tradicional, traduz-se numa quase duplicação dos benefícios. Em 2014, o preço rondou 2,18€/Kg, ou seja, quando comparado com o valor de 1,03€ da tradicional, corresponde a +111%.
Um fruto único 
A anoneira é uma árvore semi-caduca, que atinge alturas entre 3 a 10 metros, e que na Madeira conhece pelo menos 4 variedades que se destacam: "Madeira"; "Funchal"; "Perry Vidal" e "Mateus". Apresenta-se como uma árvore bastante densa, com folhas de tamanho variável entre os 10 e os 25 cm, cujas flores hermafroditas surgem em períodos variáveis, consoante a variedade.
O seu fruto possui um elevado valor nutritivo, sendo a anona muito rica em ferro, fibras, vitaminas C e B, contendo também bons valores de cálcio, fósforo e potássio. Tido como um dos frutos com o melhor equilíbrio entre açúcares e ácidos, tem propriedades importantes na proteção do coração e na neutralização do excesso de acidez gástrica. É também indicado para a fraqueza, anemia e desnutrição, e mais recentemente foram referidas as suas propriedades na prevenção e combate de doenças cancerígenas. 
Reconhecendo as particularidades dos frutos cultivados na Região, desde o ano 2000 que a União Europeia concedeu à Anona da Madeira o estatuto de Denominação de Origem Protegida, sendo, por isso, a primeira fruta regional a receber tal grau de proteção internacional, abrindo-se, desde então, novas oportunidades comerciais para os segmentos de mercado mais exigentes, traduzidas, por exemplo, num aumento da exportação, sobretudo nos períodos em que os mercados receptores estão 'carentes', retirando daí todos os benefícios económicos, proporcionando aos agricultores maiores rendimentos. Prova do incremento crescente da exportação de anona é o aumento significativo nos últimos dois anos. Entre 2013 e 2014, a exportação aumentou 92%, passando das 37 para as 71 toneladas, sendo que estes valores serão, certamente, superiores no final de 2015, graças ao aumento de produção expectável, bem como por força da aparição de novos operadores interessados neste canal de comercialização.
Dando o merecido destaque à anona, a freguesia do Faial voltou a 'vestir-se' a rigor para mais uma Exposição Regional da Anona, evento organizado pela Casa do Povo desta freguesia em parceria com a Comissão de Agricultores local, que vai já na sua 24ª edição. Desde ontem e durante todo o dia de hoje, poderá encontrar no centro da freguesia uma grande variedade de anonas e seus derivados, a que se junta muita animação. Passe por lá!
Fonte: Revista Mais do Diário de Notícias da Madeira, 8 de Março 2015


07 março 2015

Este promete ser um ano excepcional na produção de anona

'Festa da Anona' abriu ao final da tarde em redor da igreja do Faial



“Pelo potencial produtivo instalado e pomares que já iniciaram a sua fase de plena colheita, a produção de anona este ano poderá ser a maior dos últimos anos”, perspectivou hoje Bernardo Melvill Araújo, director regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, na abertura da XXIV Exposição Regional da Anona, que decorre este fim-de-semana junto à igreja do Faial.
Sem chuva, embora com algum vento, a 'Festa da Anona' abriu ao final da tarde. Esta noite há animação garantida até as primeiras horas da madrugada.
Amanhã, a festa instala-se de novo a partir do final da manhã. Manuel António Correia, secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais marca presença este domingo, em representação do Governo Regional. Ao entardecer as atenções prometem centrar-se na irmã cantora de Cristiano Ronaldo. Katia Aveiro tem espectáculo programado para as 17 horas. 
Fonte: Diário de Notícias da Madeira, 7 de Março 2015 

05 março 2015

Câmara de Lobos regista marcas Terra da Cereja e Capital da Castanha



A Câmara Municipal de Câmara de Lobos, na linha dos compromissos assumidos na eleição autárquica, submeteu no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o registo de cinco marcas identificativas do território e de produtos típicos com génese nas diferentes freguesias do concelho.
O registo “Jardim da Serra, Terra da Cereja” foi aprovado pelo INPI no passado dia 23 de fevereiro e o de “Curral das Freiras, Capital da Castanha” a 24 de fevereiro. Faltam agora as aprovações de “Estreito de Câmara de Lobos, Terra de Vinho”, “Estreito de Câmara de Lobos, Terra da Espetada Madeirense” e de “Câmara de Lobos, Capital da Poncha”.

FORTE IDENTIDADE CULTURAL
O presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Pedro Coelho, diz que, a propósito, «é objetivo do executivo municipal afirmar um conjunto de imagens identificativas de produtos com génese ou preponderância nas diferentes freguesias do concelho».
«Câmara de Lobos é um concelho com uma forte identidade cultural, em grande medida devido à diversidade e beleza das suas paisagens, ao património natural e cultural, e ao dinamismo de alguns setores económicos associados às produções agrícolas, contudo, nem sempre teve o engenho para potenciar esses ativos endógenos e transformá-los em novas oportunidades de desenvolvimento, numa perspetiva sustentável e de melhoria da qualidade de vida das populações», sublinha.
Pedro Coelho entende que «o território de Câmara de Lobos é detentor de recursos endógenos de elevada qualidade, sendo imperioso reinventá-los, dando-lhes uma maior valorização económica».
«É no Jardim da Serra que as cerejeiras encontram o seu viveiro natural. Mais do que um fruto, a cereja constitui-se como um elemento central da identidade da freguesia, estando associada as mais importantes iniciativas recreativas, culturais e promocionais da localidade. A Festa da Cereja, criada em 1954, é a segunda festa agrícola mais antiga da Madeira, apenas suplantada pelas “Vindimas” do Estreito», realça Pedro Coelho.


IMPORTÂNCIA PARA A ECONOMIA
Sendo a freguesia mais jovem de Câmara de Lobos, criada a 5 de julho de 1996, o Jardim da Serra é, enaltece Pedro Coelho, «uma terra fértil em cerejas, sendo o único local na Ilha da Madeira onde este fruto cresce».
O cultivo da cereja é, por isso, «uma das mais importantes atividades económicas para a população, além de uma parte integrante da sua identidade cultural, embora também se cultive ali outros produtos hortícolas, como a batata e a cebola, entre outros».
No Jardim da Serra é possível apreciar cinco variedades de “Cerejeira Regional” sendo elas a Brava, Temporã (Vulgar), Preta, Seródia Miúda e Seródia Grada.
As variedades de cerejeira mais cultivadas são as “regionais”, de calibres médios e colheitas precoces e as de tamanho grande como a “Norberto”, de apanha tardia.
«Considerando a importância deste setor para economia local, nos últimos anos iniciou-se a reconversão de variedades de cerejeira e renovação de pomares em estreita colaboração com a Junta de Freguesia e os técnicos da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural. A Associação de Agricultores da Madeira tem prestado também uma valiosa colaboração a esta cultura, no contexto do Germobanco Agrícola e na concretização de jornadas técnicas e demonstrações práticas de podas de cerejeira, junto dos fruticultores locais», recorda.
Entre março e abril, as árvores desabrocham em flor nas cerejeiras, ocorrendo nesta altura o “Grande Prémio das Cerejeiras em Flor”, cuja primeira edição se deu em 1990 e que faz parte do calendário regional da Associação de Atletismo da Região Autónoma da Madeira. Ao longo do dia, são realizadas diversas iniciativas, como por exemplo uma “Marcha pela Saúde”.
Entres os meses de junho e julho, inicia-se o processo da apanha da Cereja, altura pela qual se honra este fruto com a grande “Festa da Cereja”, que conta com um cartaz repleto de atividades e animação.
Desde tertúlias/conferências ao assistir à apanha da cereja, passando por demonstrações gastronómicas, pelo cortejo alegórico, pela entrega de prémios aos produtores de cereja e pela atuação de vários grupos musicais, o evento, que se costuma realizar em junho, leva milhares à freguesia.


“Estreito de Câmara de Lobos, Terra de Vinho”
Entretanto, ficam a aguardar validação as outras três marcas que ainda estão em processo de registo.
“Estreito de Câmara de Lobos, Terra de Vinho”, releva a tradição vitivinícola. Segundo Pedro Coelho, «o Estreito assume atualmente um papel de destaque no contexto local e regional, enquanto um dos principais territórios produtores do Vinho Madeira, sendo que a atividade vitícola tem um grande impacto na modelação da paisagem da freguesia, onde as diferentes tonalidades das vinhas são imagem de marca daquele território».

Por outro lado, Câmara de Lobos é o principal território produtor do Vinho Madeira, sendo o concelho da RAM com o maior número de viticultores (660), totalizando 50% dos produtores de uva.
Segundo dados estatísticos do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), em 2013, este foi o concelho responsável por 51,4% da colheita de uvas da Região, onde a freguesia do Estreito assume um papel de relevo.
É no Estreito que se celebra o mais antigo evento de promoção de produtos agrícolas regionais e da promoção do Vinho Madeira, pois desde 1963 celebra-se naquela freguesia da tradicional Festa das Vindimas.

Produção de licores e doçaria tradicional
Também a designação “Curral das Freiras, Capital da Castanha” está já registada. Também aqui, o edil câmara-lobense recorda a importância do fruto na economia local, sublinhando igualmente a realização, a 1 de novembro, da festa da castanha.
«A castanha do Curral das Freiras é um produto de identidade reconhecida. Durante vários séculos, a castanha foi um produto essencial na alimentação da população local e regional e hoje afirma-se como um recurso com grande vitalidade e uso económico, nomeadamente através dos múltiplos usos que os agricultores, artesãos, comerciantes e entidades públicas locais lhe têm vindo a dar», realça. Sobressai a produção de licores, de doçaria tradicional, de pão e de sopas entre outras iguarias gastronómicas, transformando progressivamente a castanha numa importante fonte de rendimento para inúmeras famílias.

“Estreito de Câmara de Lobos, Terra da Espetada Madeirense”
“Estreito de Câmara de Lobos, Terra da Espetada Madeirense” é outra das marcas a aguardar resposta. A edilidade, para fundamentar a candidatura, recordou «a tradição dos restaurantes de Espetada Madeirense, iniciada no século passado pelo Restaurante das Vides».
A espetada, diz Pedro Coelho, «é outra das imagens de marca identificativas da freguesia e que a Câmara Municipal quer ver melhor promovida no exterior».

“Câmara de Lobos, Capital da Poncha”
Finalmente, a autarquia também candidatou, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, a marca “Câmara de Lo- bos, Capital da Poncha”. Aguarda validação, conforme acentua Pedro Coelho.
O presidente da autarquia lembra que a Poncha é um dos produtos identificativos, em especial, da noite câmara-lobense».
«A conceituada Poncha da Madeira tem como principal casa Câmara de Lobos, sendo este um local conhecido, desde tempos imemoriais, pela venda e consumo desta hoje famosa bebida.
Conhecida inicialmente como a bebida tradicional dos pescadores, a poncha foi gradualmente conquistando admiradores e é hoje em dia uma bebida emblemática da Madeira, ainda que seja típica de Câmara de Lobos», destaca, a concluir, o edil Pedro Coelho. 

Fonte: Jornal da Madeira, 5 de Março 2015

Autarcas de Câmara de Lobos unidos pelo 'peixe-gata'

Proposta de Recomendação da Assembleia Municipal ao parlamento e ao governo votada por unanimidade. 


A Assembleia Municipal de Câmara de Lobos votou hoje, por unanimidade, uma Proposta de Recomendação à Assembleia da República e ao Governo em Lisboa, no sentido de ver revogada a proibição da descarga e comercialização do 'peixe-gata'.

Na sessão ordinária de 27 de Fevereiro, mas cujos resultados foram comunicados hoje, o 'forcing' municipal contou com o apoio de todos os partidos com assento na Assembleia Municipal, com base na "vontade dos pescadores e da população de Câmara de Lobos.

Assim, recomendam ao parlamento nacional e ao Governo da República que "encete todas as diligências necessárias, junto da União Europeia, que visem a extinção da proibição do desembarque na lota e comercialização do 'peixe-gata, que resulta da pesca acessória do peixe-espada-preto, legalmente pescado nos mares da Madeira".

Também recomendam a "revogação desta medida inócua, ineficaz para a hipotética protecção da espécie, injusta e penalizadora para os pescadores de Câmara de Lobos e suas famílias  ou em alternativa  negociar uma alteração do regulamento em causa, para o caso específico da Região Autónoma da Madeira", frisam.
Também recomendam que as autoridades portuguesas e comunitárias "trabalhem na certificação e reconhecimento das artes de pesca artesanal, utilizadas na Região".

Confraria Gastronómica da Madeira satisfeita com registo de marcas regionais em Câmara de Lobos

A direcção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira congratula-se com a iniciativa do município de Câmara de Lobos do registo no Instituto Nacional de Propriedade Industrial de cinco marcas identificativas do território e de produtos típicos em diferentes freguesias do concelho e espera que as outras 3 marcas já enviadas pelo Município de Câmara de Lobos para o INPI sejam igualmente aprovadas e que a Xara-branca (peixe-gata) seja igualmente uma marca de Câmara de Lobos. 
Desde a sua fundação em 30 de Abril de 2000, a AMC/CGM diz que tem tentado sensibilizar o poder politico e os seus agentes da necessidade da valorização das referências gastronómicas e vinícolas dos municípios que compõem a Região Autónoma da Madeira, "mensagem que felizmente começa a dar os seus frutos, apelamos aos restantes municípios que sigam o bom exemplo do de Câmara de Lobos no registo das marcas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial".
"Embora a direcção da AMC/CGM congratulando-se com o registo destas marcas faz saber de que é necessária e urgente a elevação da gastronomia madeirense a património cultural da Região Autónoma da Madeira e espera coragem e vontade política do próximo governo regional para que esta nossa aspiração seja realidade", adianta. 

02 março 2015

Confraria Gastronómica e autarquia de Câmara de Lobos querem "peixe-gata" a património cultural


O encontro "Em Defesa da Pesca da Centrophorus Granulosus", evento gastronómico da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira, foi realizado como protesto pela proibição por parte da União Europeia da pesca e comercialização do peixe Xara-branca ("peixe-gata") uma referência gastronómica da Madeira. 

28 de Fevereiro, em Câmara de Lobos.













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