A Câmara Municipal de Câmara de Lobos, na linha dos compromissos assumidos na eleição autárquica, submeteu no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o registo de cinco marcas identificativas do território e de produtos típicos com génese nas diferentes freguesias do concelho.
O registo “Jardim da Serra, Terra da Cereja” foi aprovado pelo INPI no passado dia 23 de fevereiro e o de “Curral das Freiras, Capital da Castanha” a 24 de fevereiro. Faltam agora as aprovações de “Estreito de Câmara de Lobos, Terra de Vinho”, “Estreito de Câmara de Lobos, Terra da Espetada Madeirense” e de “Câmara de Lobos, Capital da Poncha”.
FORTE IDENTIDADE CULTURAL
O presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Pedro Coelho, diz que, a propósito, «é objetivo do executivo municipal afirmar um conjunto de imagens identificativas de produtos com génese ou preponderância nas diferentes freguesias do concelho».
«Câmara de Lobos é um concelho com
uma forte identidade cultural, em grande
medida devido à diversidade e beleza
das suas paisagens, ao património natural
e cultural, e ao dinamismo de alguns setores económicos associados às produções agrícolas, contudo, nem sempre
teve o engenho para potenciar esses ativos endógenos e transformá-los em novas oportunidades de desenvolvimento,
numa perspetiva sustentável e de melhoria da qualidade de vida das populações», sublinha.
Pedro Coelho entende que «o território de Câmara de Lobos é detentor de recursos endógenos de elevada qualidade, sendo imperioso reinventá-los, dando-lhes uma maior valorização económica».
«É no Jardim da Serra que as cerejeiras encontram o seu viveiro natural. Mais do que um fruto, a cereja constitui-se como um elemento central da identidade da freguesia, estando associada as mais importantes iniciativas recreativas, culturais e promocionais da localidade. A Festa da Cereja, criada em 1954, é a segunda festa agrícola mais antiga da Madeira, apenas suplantada pelas “Vindimas” do Estreito», realça Pedro Coelho.
Fonte: Jornal da Madeira, 5 de Março 2015
Pedro Coelho entende que «o território de Câmara de Lobos é detentor de recursos endógenos de elevada qualidade, sendo imperioso reinventá-los, dando-lhes uma maior valorização económica».
«É no Jardim da Serra que as cerejeiras encontram o seu viveiro natural. Mais do que um fruto, a cereja constitui-se como um elemento central da identidade da freguesia, estando associada as mais importantes iniciativas recreativas, culturais e promocionais da localidade. A Festa da Cereja, criada em 1954, é a segunda festa agrícola mais antiga da Madeira, apenas suplantada pelas “Vindimas” do Estreito», realça Pedro Coelho.
IMPORTÂNCIA PARA A ECONOMIA
Sendo a freguesia mais jovem de Câmara de Lobos, criada a 5 de julho de 1996, o Jardim da Serra é, enaltece Pedro Coelho, «uma terra fértil em cerejas, sendo o único local na Ilha da Madeira onde este fruto cresce».
O cultivo da cereja é, por isso, «uma das mais importantes atividades económicas para a população, além de uma parte integrante da sua identidade cultural, embora também se cultive ali outros produtos hortícolas, como a batata e a cebola, entre outros».
Sendo a freguesia mais jovem de Câmara de Lobos, criada a 5 de julho de 1996, o Jardim da Serra é, enaltece Pedro Coelho, «uma terra fértil em cerejas, sendo o único local na Ilha da Madeira onde este fruto cresce».
O cultivo da cereja é, por isso, «uma das mais importantes atividades económicas para a população, além de uma parte integrante da sua identidade cultural, embora também se cultive ali outros produtos hortícolas, como a batata e a cebola, entre outros».
No Jardim da Serra é possível apreciar cinco variedades de “Cerejeira
Regional” sendo elas a Brava, Temporã
(Vulgar), Preta, Seródia Miúda e Seródia Grada.
As variedades de cerejeira mais cultivadas são as “regionais”, de calibres médios e colheitas precoces e as de tamanho grande como a “Norberto”, de apanha tardia.
«Considerando a importância deste setor para economia local, nos últimos anos iniciou-se a reconversão de variedades de cerejeira e renovação de pomares em estreita colaboração com a Junta de Freguesia e os técnicos da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural. A Associação de Agricultores da Madeira tem prestado também uma valiosa colaboração a esta cultura, no contexto do Germobanco Agrícola e na concretização de jornadas técnicas e demonstrações práticas de podas de cerejeira, junto dos fruticultores locais», recorda.
As variedades de cerejeira mais cultivadas são as “regionais”, de calibres médios e colheitas precoces e as de tamanho grande como a “Norberto”, de apanha tardia.
«Considerando a importância deste setor para economia local, nos últimos anos iniciou-se a reconversão de variedades de cerejeira e renovação de pomares em estreita colaboração com a Junta de Freguesia e os técnicos da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural. A Associação de Agricultores da Madeira tem prestado também uma valiosa colaboração a esta cultura, no contexto do Germobanco Agrícola e na concretização de jornadas técnicas e demonstrações práticas de podas de cerejeira, junto dos fruticultores locais», recorda.
Entre março e abril, as árvores desabrocham em flor nas cerejeiras,
ocorrendo nesta altura o “Grande
Prémio das Cerejeiras em Flor”, cuja
primeira edição se deu em 1990 e
que faz parte do calendário regional
da Associação de Atletismo da Região Autónoma da Madeira. Ao
longo do dia, são realizadas diversas
iniciativas, como por exemplo uma
“Marcha pela Saúde”.
Entres os meses de junho e julho, inicia-se o processo da apanha da Cereja, altura pela qual se honra este fruto com a grande “Festa da Cereja”, que conta com um cartaz repleto de atividades e animação.
Desde tertúlias/conferências ao assistir à apanha da cereja, passando por demonstrações gastronómicas, pelo cortejo alegórico, pela entrega de prémios aos produtores de cereja e pela atuação de vários grupos musicais, o evento, que se costuma realizar em junho, leva milhares à freguesia.
É no Estreito que se celebra o mais antigo evento de promoção de produtos
agrícolas regionais e da promoção do
Vinho Madeira, pois desde 1963 celebra-se naquela freguesia da tradicional Festa das Vindimas.
Produção de licores e doçaria tradicional
«A castanha do Curral das Freiras é um
produto de identidade reconhecida.
Durante vários séculos, a castanha foi
um produto essencial na alimentação
da população local e regional e hoje
afirma-se como um recurso com
grande vitalidade e uso económico,
nomeadamente através dos múltiplos
usos que os agricultores, artesãos, comerciantes e entidades públicas locais
lhe têm vindo a dar», realça.
Sobressai a produção de licores, de
doçaria tradicional, de pão e de sopas
entre outras iguarias gastronómicas,
transformando progressivamente a
castanha numa importante fonte de
rendimento para inúmeras famílias.
“Estreito de Câmara de Lobos, Terra da Espetada Madeirense”
A espetada, diz Pedro Coelho, «é outra
das imagens de marca identificativas da freguesia e que a Câmara Municipal quer ver
melhor promovida no exterior».
“Câmara de Lobos, Capital da Poncha”
Conhecida inicialmente como a bebida
tradicional dos pescadores, a poncha foi
gradualmente conquistando admiradores e
é hoje em dia uma bebida emblemática
da Madeira, ainda que seja típica de Câmara de Lobos», destaca, a concluir, o edil
Pedro Coelho.
Entres os meses de junho e julho, inicia-se o processo da apanha da Cereja, altura pela qual se honra este fruto com a grande “Festa da Cereja”, que conta com um cartaz repleto de atividades e animação.
Desde tertúlias/conferências ao assistir à apanha da cereja, passando por demonstrações gastronómicas, pelo cortejo alegórico, pela entrega de prémios aos produtores de cereja e pela atuação de vários grupos musicais, o evento, que se costuma realizar em junho, leva milhares à freguesia.
“Estreito de Câmara
de Lobos, Terra de Vinho”
Entretanto, ficam a aguardar validação
as outras três marcas que ainda estão
em processo de registo.
“Estreito de Câmara de Lobos, Terra de Vinho”, releva a tradição vitivinícola. Segundo Pedro Coelho, «o Estreito assume atualmente um papel de destaque no contexto local e regional, enquanto um dos principais territórios produtores do Vinho Madeira, sendo que a atividade vitícola tem um grande impacto na modelação da paisagem da freguesia, onde as diferentes tonalidades das vinhas são imagem de marca daquele território».
Por outro lado, Câmara de Lobos é o principal território produtor do Vinho Madeira, sendo o concelho da RAM com o maior número de viticultores (660), totalizando 50% dos produtores de uva.
Segundo dados estatísticos do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), em 2013, este foi o concelho responsável por 51,4% da colheita de uvas da Região, onde a freguesia do Estreito assume um papel de relevo.
“Estreito de Câmara de Lobos, Terra de Vinho”, releva a tradição vitivinícola. Segundo Pedro Coelho, «o Estreito assume atualmente um papel de destaque no contexto local e regional, enquanto um dos principais territórios produtores do Vinho Madeira, sendo que a atividade vitícola tem um grande impacto na modelação da paisagem da freguesia, onde as diferentes tonalidades das vinhas são imagem de marca daquele território».
Por outro lado, Câmara de Lobos é o principal território produtor do Vinho Madeira, sendo o concelho da RAM com o maior número de viticultores (660), totalizando 50% dos produtores de uva.
Segundo dados estatísticos do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), em 2013, este foi o concelho responsável por 51,4% da colheita de uvas da Região, onde a freguesia do Estreito assume um papel de relevo.
Produção de licores e doçaria tradicional
Também a designação “Curral das Freiras, Capital da Castanha” está já registada. Também aqui, o edil câmara-lobense recorda a importância do fruto
na economia local, sublinhando igualmente a realização, a 1 de novembro,
da festa da castanha.
“Estreito de Câmara de Lobos, Terra da Espetada Madeirense”
“Estreito de Câmara de Lobos, Terra da
Espetada Madeirense” é outra das marcas a
aguardar resposta. A edilidade, para fundamentar a candidatura, recordou «a tradição dos restaurantes de Espetada Madeirense, iniciada no século passado pelo
Restaurante das Vides».
“Câmara de Lobos, Capital da Poncha”
Finalmente, a autarquia também candidatou, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, a marca “Câmara de Lo-
bos, Capital da Poncha”. Aguarda validação,
conforme acentua Pedro Coelho.
O presidente da autarquia lembra que a Poncha é um dos produtos identificativos, em especial, da noite câmara-lobense».
«A conceituada Poncha da Madeira tem como principal casa Câmara de Lobos, sendo este um local conhecido, desde tempos imemoriais, pela venda e consumo desta hoje famosa bebida.
O presidente da autarquia lembra que a Poncha é um dos produtos identificativos, em especial, da noite câmara-lobense».
«A conceituada Poncha da Madeira tem como principal casa Câmara de Lobos, sendo este um local conhecido, desde tempos imemoriais, pela venda e consumo desta hoje famosa bebida.
Fonte: Jornal da Madeira, 5 de Março 2015
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