Confraria alerta para a venda de produtos regionais sem qualidade
Contra a precária e até mesmo má qualidade de produtos gastronómicos tidos como tradicionais da Região que estão a ser comercializados em espaços públicos, a direcção da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira, emitiu ontem um comunicado a denunciar a realidade adulterada de vários ‘sabores’ que estão a ser vendidos como sendo tradicionais.
O propósito desta denúncia pública, segundo Gregório Freitas, presidente da Confraria, mais do que despertar consciências, visa “sobretudo alertar as autoridades regionais para a necessidade de uma intervenção efectiva condizente com a gravidade da situação”. Tanto assim é que acusa alguns dos espaços públicos de estarem “a venderem ‘gato por lebre”.
Recusou publicamente indicar os “muitos locais” onde foram (com)provadas as adulterações que prejudicam seriamente a imagem da gastronomia típica madeirense, confirmando apenas que tal também se verifica “em algumas das barraquinhas colocadas na Placa Central da Avenida Arriaga”.
Em relação às anomalias gastronómicas detectadas, apontou o exemplo da “carne de vinha d’alhos sem gordura, ou sem qualquer sabor a alho ou mesmo a vinho” e “a poncha de laranja vendida como poncha regional”, assegurando que “isto é adulterar a gastronomia tradicional”. Que garante afectar outras iguarias, como o bolo-do-caco e particularmente os licores. Nesta última iguaria, mencionou o exemplo que encontrou de um licor dito de noz, que em vez da tradicional coloração escura “até dava para ver o sol do outro lado da garrafa”.
É contra este estado de coisas e em defesa dos pratos típicos da gastronomia madeirenses que ‘o confrade mor’ protesta em nome da associação que lidera.
A confraria/academia lamenta que, nas festas de Natal e de Fim de Ano, em muitos lugares, a herança cultural gastronómica não foi tratada com o devido respeito que deveria merecer. Denuncia que “foram apresentados nesses lugares públicos, a madeirenses e a visitantes licores, poncha, bolo de mel, carne vinho d’alhos com muita pouca ou mesmo nenhuma qualidade”.
Na mesma exposição pública é defendida também a criação de uma Direcção Regional do Vinho e Gastronomia e a “elevação da gastronomia madeirense a Património Cultural Regional”.
Porque a Confraria Gastronómica da Madeira “não tem poder para intervir”, Gregório Freitas esclareceu entretanto a DIÁRIO que a razão deste comunicado é a de “chamar a atenção de quem pode e deve intervir em defesa da nossa gastronomia”, reclamou. Que diz ser “o segundo sector económico mais importante para a Região”, reforçou.
Espera agora que alguma coisa seja feita no sentido de “corrigir o que está mal”. “Se não for já amanhã, que seja para a próxima semana, daqui a um mês, ou mesmo pró ano”.
Defensor da gastronomia típica, admite contudo que esta possa também ser inovada, com a introdução de novidades, mas nunca adulterada, como diz estar a acontecer, por viciar dolosamente a qualidade da coisa, com a introdução de ‘ingredientes’ que normalmente passam despercebidos. Daí a conclusão: “Inovar sim, mas não adulterar”.
O propósito desta denúncia pública, segundo Gregório Freitas, presidente da Confraria, mais do que despertar consciências, visa “sobretudo alertar as autoridades regionais para a necessidade de uma intervenção efectiva condizente com a gravidade da situação”. Tanto assim é que acusa alguns dos espaços públicos de estarem “a venderem ‘gato por lebre”.
Recusou publicamente indicar os “muitos locais” onde foram (com)provadas as adulterações que prejudicam seriamente a imagem da gastronomia típica madeirense, confirmando apenas que tal também se verifica “em algumas das barraquinhas colocadas na Placa Central da Avenida Arriaga”.
Em relação às anomalias gastronómicas detectadas, apontou o exemplo da “carne de vinha d’alhos sem gordura, ou sem qualquer sabor a alho ou mesmo a vinho” e “a poncha de laranja vendida como poncha regional”, assegurando que “isto é adulterar a gastronomia tradicional”. Que garante afectar outras iguarias, como o bolo-do-caco e particularmente os licores. Nesta última iguaria, mencionou o exemplo que encontrou de um licor dito de noz, que em vez da tradicional coloração escura “até dava para ver o sol do outro lado da garrafa”.
É contra este estado de coisas e em defesa dos pratos típicos da gastronomia madeirenses que ‘o confrade mor’ protesta em nome da associação que lidera.
A confraria/academia lamenta que, nas festas de Natal e de Fim de Ano, em muitos lugares, a herança cultural gastronómica não foi tratada com o devido respeito que deveria merecer. Denuncia que “foram apresentados nesses lugares públicos, a madeirenses e a visitantes licores, poncha, bolo de mel, carne vinho d’alhos com muita pouca ou mesmo nenhuma qualidade”.
Na mesma exposição pública é defendida também a criação de uma Direcção Regional do Vinho e Gastronomia e a “elevação da gastronomia madeirense a Património Cultural Regional”.
Porque a Confraria Gastronómica da Madeira “não tem poder para intervir”, Gregório Freitas esclareceu entretanto a DIÁRIO que a razão deste comunicado é a de “chamar a atenção de quem pode e deve intervir em defesa da nossa gastronomia”, reclamou. Que diz ser “o segundo sector económico mais importante para a Região”, reforçou.
Espera agora que alguma coisa seja feita no sentido de “corrigir o que está mal”. “Se não for já amanhã, que seja para a próxima semana, daqui a um mês, ou mesmo pró ano”.
Defensor da gastronomia típica, admite contudo que esta possa também ser inovada, com a introdução de novidades, mas nunca adulterada, como diz estar a acontecer, por viciar dolosamente a qualidade da coisa, com a introdução de ‘ingredientes’ que normalmente passam despercebidos. Daí a conclusão: “Inovar sim, mas não adulterar”.
O ano “ideal para a renovação”
Fundada a 30 de Abril de 2000, a Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira desde sempre que vem sendo presidida por Gregório Freitas. Prestes a completar década e meia de liderança, o confrade número 1 revelou contudo ao DIÁRIO que não deverá completar os 15 anos de presidência. Em causa o XV Grande Capítulo Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira que se realiza de 24 a 27 de Abril, onde espera seja ‘eleito’ um novo responsável.
No blog desta associação, Gregório Freitas escreveu ontem que “o ano de 2015 é ideal para a renovação, afirmação, da identidade e do querer da confraria, pois teremos um novo governo, novos protagonistas, novas opções da mais variada ordem. Quanto a mim, não tenho medo de ser simplesmente um confrade e com o número 1 dos confrades de número/efectivo”.
No blog desta associação, Gregório Freitas escreveu ontem que “o ano de 2015 é ideal para a renovação, afirmação, da identidade e do querer da confraria, pois teremos um novo governo, novos protagonistas, novas opções da mais variada ordem. Quanto a mim, não tenho medo de ser simplesmente um confrade e com o número 1 dos confrades de número/efectivo”.
Artigo por Orlando Drumond, Diário de Notícias da Madeira - 3 Janeiro 2015
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