Caros confrades,
Estou contente com a vossa presença e agradeço pois confirma não só o meu empenho mas fundamentalmente o empenho da Confraria e dos seus confrades, em prol da Madeira e da sua gastronomia típica e atlântica.
Estou contente em ver na Região Autónoma da Madeira alguns confrades que encontrei em vários eventos onde estive presente, em vários sítios da Europa e onde tenciono vê-los em outros locais ainda não visitados.
Caros amigos e confrades, sou acusado de ter criado uma Confraria à minha imagem. Sendo verdade ou não, confesso que voltando atrás preferiria criar uma Confraria à minha imagem do que à imagem da minha vizinha do lado.
Por minha vontade e com o acordo das equipas que fizeram parte das Direções das quais eu foi Presidente nunca aceitei que a Confraria fosse prisioneira de qualquer força ou tendência política, a não ser a defesa da herança cultural, gastronómica e baquica da RAM. E faço votos para que este princípio seja cultivado pelos actuais e futuros dirigentes da AMC/CGM.
Sempre fiz para que a AMC/CGM fosse caracterizada e conhecida como uma confraria reivindicativa e, consoantes os casos, agradecida.
Agradeço o apoio dado à Confraria pela comunicação social do Arquipélago da Madeira.
"Don Gregório, nós não nos vamos ver mais na Europa" foi uma frase dita por Carlos Martin Cosme, em 2006, no Porto. O meu muito obrigado, Carlos, pois foi a tua frase que provocou muitas das minhas presenças e da minha Confraria na Europa. Mais uma vez, o meu muito obrigado caro Carlos Martin Cosme.
Caro amigo e representante do Governo Regional neste evento, Sr. Humberto Vasconcelos (Secretário Regional da Agricultura e Pescas), pergunto-lhe para quando a criação por parte do Governo Regional da Madeira de um espaço museológico na vila do Estreito de Câmara de Lobos, dedicado à gastronomia e ao Vinho Madeira e a elevação da Gastronomia Madeirense a Património Cultural Regional, a criação da Direção Regional do Vinho e Gastronomia e o convite endereçado à AMC/CGM para que esta faça parte, de pleno direito, no Conselho Regional do Turismo.
Caro amigo Joaquim de Almeida, agradeço a sua presença aqui. A AMC/CGM sente-se honrada mas como já não sou presidente da AMC/CGM e, como sabe tenho a característica de ser politicamente incorreto, pergunto quando é que a FPCG deixará de estar prisioneira ou condicionada à agenda da sua presidente e deixa, igualmente, de ter uma atitude de nojo quando a Confraria da Madeira e as Confrarias dos Açores defendem que Portugal, alem da sua gastronomia ser Mediterrânica é igualmente possuidora da chamada 'Gastronomia Atlântica'.
Lamento, igualmente, o pouco interesse da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas na criação de um Organismo Internacional de Federações das Confrarias.
Caro presidente Alcides, agradeço o seu apoio em todo este tempo em que dirigi e criei um "estilo gregoriano" na governação da AMC/CGM. Penso que nos próximos tempos será pressionado e tentará anular este respetivo estilo, coisa que pessoalmente acho normal, lógico e aceitável.
No entanto informo que a partir de de hoje eu não andarei por aí, nem terei o comportamento de um presidente que na realidade já não o é. Serei apenas e simplesmente um Confrade Fundador que respeita e valoriza o ciclo que agora teve o seu termo e aceita o ciclo que agora se inicia. Defendo que continue a reorganizar a Confraria pois a mesma necessita dessa reorganização. No entanto, rejeito por completo a ideia de uma refundação da Confraria pois esse processo significaria o apagar da memória e o passado da AMC/CGM, mesmo reconhecendo que o mesmo não foi perfeito. Desejo muitos sucessos à vossa direção e longa vida à Confraria.
Daqui a pouco estaremos todos junto no almoço.
E daqui a uns dias irão ver-me no Chipre, na Finlândia e na Eslováquia.
Tenho dito.
P.S. Esta comunicação é da inteira responsabilidade do seu autor. Discurso de Gregório J.S.Freitas, no XVI Grande Capítulo da Academia Madeirense das Carnes/Confraria Gastronómica da Madeira.
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