Gastronomia madeirense

A gastronomia madeirense é rica, diversificada e única, por ter a sua matriz na herança mediterrânica e porque, hoje, tem a sua especificidade atlântica.
A história da gastronomia não está dissociada da própria história do arquipélago, que desde a colonização funcionou como um autentico viveiro de culturas. Ou seja, durante séculos e para uma larga maioria da população, a alimentação era frugal, sendo ape- nas abastada para famílias nobres e burguesas.
Porém, com o advento da autonomia e com a consequente mudança de paradigma da qualidade de vida na Região, a gastronomia tornou-se mais rica e diversificada nos lares madeirenses.

E é precisamente na Festa que os madeirenses se esmeram por cumprir com a tradição, adaptando-a aos tempos modernos. 
À mesa por estes dias de Natal não faltam a carne vinha d’alhos, a galinha assada, a carne de porco assada, a canja, os filetes de espada, o bucho recheado, o cuscus, entre outros. Já o bacalhau e o peru entram na gastronomia festiva pela influência das grandes superfícies nacionais instaladas na Região.

A doçaria é diversificada com os bolos de mel, de família, de laranja, e as broas de mel, de coco, de cerveja. Fazem-se os escabeches de legumes, com ou sem mostarda, mais ou menos apimentados. A fruta da época também vai à mesa, com as tangerinas e as laranjas em foco, além das abacates e dos pêros.
Uma referência às bebidas alcoólicas servidas antes e depois das refeições. Os licores de tangerina, maracujá, laranja, a ginja, o anis, a cacharoleta, o tim-tam-tum, não podem faltar, para aquecer os cumprimentos de familiares e amigos.

A gastronomia atlântica da Madeira encontra paralelo em algumas iguarias nos Açores, Canárias e Cabo Verde, ou seja, a região da Macaronésia. 

Fonte: Jornal da Madeira, 16 de Dezembro 2014

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Escrito por CGMadeira

A Academia Madeirense das Carnes - Confraria Gastronómica da Madeira é uma associação sem fins lucrativos, que promove e defende a Gastronomia Regional Madeirense e todo o seu partimónio cultura.