Uma das principais iguarias transmontanas dá o mote ao Festival do Butelo e das Casulas a 2, 3 e 4 de fevereiro na Capital de distrito, no arranque de mais uma Semana Gastronómica que só termina a 13 de fevereiro.
Decorreu a semana passada no Salão Nobre da Câmara Municipal de Bragança a conferência de imprensa de apresentação do “Festival de Butelo e das Casulas 2018”.
À semelhança de outras edições, o centro nevrálgico do certame será na Praça Camões, onde dezenas de produtores e expositores venderão produtos regionais transmontanos com principal incidência para o fumeiro, de onde se destacará, obviamente, o butelo.
Em termos de programação, um dos destaques do evento terá lugar a 3 de fevereiro com o Encontro Nacional de Confrarias. “O ponto alto deste evento será sempre aquele que permite a venda do produto, a sua exposição e a própria promoção no espaço Praça Camões. Para além disso, há a questão do Encontro de Confrarias, pois sendo um encontro nacional, do ponto de vista gastronómico e de promoção do próprio prato que é o butelo e as casulas, este será sempre um momento altíssimo do festival”, asseverou o presidente da Câmara Municipal de Bragança.
Presente na apresentação do evento esteve o Grão-Mestre da Confraria do Butelo e da Casula, que sublinha a importância desta iniciativa, não só para a acentuada implementação daquele que é considerado um prato típico transmontano como, também, para a própria região. “Nós tentamos acrescentar sempre alguma coisa e este ano acrescentámos o Encontro Nacional de Confrarias, que vai ser muito interessante na medida em que esperamos ter muita gente e o movimento confrádico em Portugal já tem cerca de 90 mil confrades”, começou por afirmar Milton Roque à Comunicação Social. “Desse universo ligado à gastronomia, estamos a falar apenas de confrarias gastronómicas e é muito importante que Bragança, no âmbito deste festival, possa mostrar a algumas dessas confrarias o que é a nossa cidade, para além da gastronomia”, explicou o responsável, que aproveitou para agradecer a “amabilidade da câmara uma vez que é ela que tem todo o trabalho de desenvolver o programa”. Ou seja, aquilo que a Confraria pretende com este festival é “não vender apenas a ideia do produto em si, mas vender uma espécie de experiência, uma espécie de um pacote daquilo que é o nosso património cultural, o nosso património edificado, aquilo que é a nossa cidade que é uma das mais bonitas de Portugal”, fundamentou o Grão-Mestre, frisando que a 4 de fevereiro, no dia seguinte, naquele que será um momento “mais reservado”, serão entronizados mais 12 novos confrades, a juntar à centena que a Confraria conta, atualmente, nas suas fileiras.
Desde que o município brigantino deu início a esta iniciativa, o butelo e as casulas têm ganho um papel preponderante dentro do próprio fumeiro, quer a nível regional, quer a nível nacional, registando-se um “aumento exponencial ao nível da procura”.
A animação de rua também será uma constante com atividades especificamente desenvolvidas para as crianças e essa será, de acordo com Hernâni Dias, uma das diferenças em relação ao ano anterior, pois permitirá “levar mais crianças à Praça Camões, já que haverá um programa de animação mais dedicado aos mais jovens”. Na opinião do edil, que estabeleceu na criação de “um ambiente familiar de visitação um dos objetivos deste ano da autarquia”, “por vezes, haverá pessoas que não vão a determinados sítios simplesmente porque não têm onde deixar as crianças ou porque elas não querem ir ou porque o espaço não é tão ajustado para aquela faixa etária e nós aqui tentámos desta vez com que os mais novos possam ter ali um espaço que possa ser chamativo para eles, para que os pais possam levar os filhos e eles tenham ali onde ficar”.
Nesta sexta edição, Hernâni Dias anunciou, ainda, uma “particularidade” do Festival do Butelo e das Casulas que é a possibilidade das “pessoas irem às tendas comprar as suas chouricinhas, as suas alheiras ou o que quiserem e virem cá fora a assarem no grelhador que estará lá e cada um fazer a sua própria refeição. Também há lá pão à venda e, também, haverá vinho”. Portanto, “as pessoas chegam ali, compram logo o que querem, trazem a chouriça ou a alheira, assam, trazem o pão, comem e, depois, se quiserem ainda podem oferecer aos amigos”, sugere o edil, tudo num ambiente de convívio, celebração e amizade.
FOTOGRAFIAS DA EDIÇÃO DE 2017
Fonte: Diário de Trás-os-Montes
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